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MOSSORÓ
Maricelio Almeida
30/09/2016 18:29
Atualizado
13/12/2018 22:34

"Grito da Saúde" protesta contra transferência do Hospital da Mulher para o Almeida Castro

Movimentos sindicais desfilaram no Cortejo da Liberdade demonstrando indignação com o processo de desativação do Hospital da Mulher. "Não vamos ficar calados diante desse absurdo”, afirmou a presidente do Sindiserpum
Maricelio Almeida
Mossoró relembrou nesta sexta-feira, 30 de setembro, um dos seus principais feitos históricos: a libertação dos escravos, cinco anos antes da Lei Áurea. Para celebrar a data, o tradicional Cortejo da Liberdade atraiu um bom público para a Avenida Alberto Maranhão, que, entre outras apresentações, acompanhou o protesto intitulado “Grito da Saúde”, promovido por movimentos sindicais contra o processo de transferência do Hospital da Mulher para a Maternidade Almeida Castro.

“Nosso objetivo é fazer aqui ecoar a nossa voz de indignação contra o atentado ao direito mais sublime do ser humano, que é o direito à vida. O fechamento do Hospital da Mulher, por irresponsabilidade das autoridades, está atentando contra a vida. Não vamos ficar calados diante desse absurdo”, destacou a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum), Marleide Cunha.
 
Saiba os motivos da transferência dos serviços do Hospital da Mulher AQUI
 
Representando o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Mossoró (SECOM), Carlos Antônio também se mostrou indignado com o anúncio da transferência dos serviços do Hospital da Mulher para o Almeida Castro. “Meu neto foi salvo no Hospital da Mulher, sou testemunha disso. Temos que gritar mesmo. É importante a população mossoroense entender que não pode ficar sem essa unidade de saúde. O Governo do Estado, Prefeitura, têm que fazer esse hospital continuar funcionando com dignidade, salvando vidas, isso tem que ser valorizado”, comentou.



Gestantes também estiveram presente no “Grito da Saúde”. Grávida de três meses, Esmeralda da Silva teme que o Almeida Castro não suporte a demanda que será encaminhada pelo Hospital da Mulher. “Essa transferência está trazendo muitas incertezas. O Hospital da Mulher não atende pacientes somente daqui, mas dos municípios vizinhos também. É de se lamentar o fechamento de uma maternidade”, defendeu.

Durante a passagem do "Grito da Saúde", o público aplaudiu os representantes dos movimentos sindicais. O protesto contou ainda com servidores que atuam no Hospital da Mulher, como, por exemplo, a psicóloga Marilu Martins. “Recebemos essa notícia com muita surpresa, tristeza e indignação. Temos aqui histórias de verdadeiros milagres, como uma bebê que nasceu com 25 semanas de gestação, pesando 540 gramas, que ficou quatro meses internada e hoje está bem, com 1 ano e 5 meses. Se não houver a estrutura adequada, outras vidas não serão salvas”, afirmou, preocupada.
 
 
 

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