25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:29
POLÍTICA
Da redação
26/10/2016 15:23
Atualizado
13/12/2018 09:25

Procurador e assessor especial da Câmara de Mossoró pedem exoneração

Pedidos foram protocolados após recomendação do Ministério Público. Em nota, servidores comissionados afirmam que interpretação do MP quanto ao nepotismo foi “equivocada”
Josemário Alves/MH
A Procuradoria-Geral e a Assessoria Especial da Presidência da Câmara Municipal de Mossoró expediram uma nota sobre a recomendação emitida pelo Ministério Público, quanto à exoneração de servidores comissionados que estejam enquadrados em casos de nepotismo previstos na Súmula Vinculante nº 13, do Supremo Tribunal Federal.

Na nota, o procurador-geral, Kennedy Salvador, e o assessor especial, Licanor Salvador, que são irmãos, informam que já protocolaram seus pedidos de exoneração, mas defendem que a interpretação do Ministério Público é “absurdamente equivocada”.

Leia a nota na íntegra:

“Em matéria veiculada na imprensa local, noticiou-se que o Ministério Público Estadual, com atuação em Mossoró-RN, teria recomendado ao Presidente da Câmara Municipal a exoneração de servidores ocupantes de cargos em comissão que se enquadrem nas vedações da Súmula Vinculante número 13, do Supremo Tribunal Federal (STF), fazendo referência, específica, ao caso do Procurador Geral da Câmara Municipal e do Assessor Especial da Presidência.

Acreditamos que há uma interpretação absurdamente equivocada, em especial no caso concreto dos cargos citados acima, sobretudo, contrariando a mais remansosa jurisprudência dos Tribunais do País. Porém, apesar de não ter sido oficialmente notificado sobre tal recomendação, mas seguindo a mesma linha adotada em todas as orientações, quer seja do MPE-RN, TCE/RN, dentre outros órgãos, e, respeitando o entendimento da Assessoria Jurídica da Câmara, todos os meios legais serão utilizados, no intuito de evitar demandas Judiciais desnecessárias.

Trata-se de mera ‘recomendação’ do Órgão Ministerial, que não vincula/obriga o Presidente da Câmara a praticar os atos ali elencados, cabendo a ele optar por segui-la ou aguardar pronunciamento/comando Judicial, em possível procedimento a ser instaurado, cujo resultado final não será necessariamente como entendeu o representante do Ministério Público Estadual.

Deixando de lado as questões de cunho jurídico/processuais, o Presidente deixa claro que tomará – como dito – todas as medidas que entenda necessárias à sua administração na condição de gestor, e não de político!

Nesse contexto, o Procurador Geral da Câmara e o Assessor Especial da Presidência, citados na notícia, com o intuito único de colaborar nas decisões do Presidente da Câmara, protocolaram, nesta quarta-feira (26), seus pedidos de exoneração, independentemente de notificação oficial, e ratificaram a desnecessidade de aguardar qualquer notificação para que a Presidência da Câmara implemente medidas no sentido de se adequar - no que concorde- com referência à recomendação.
 
Procuradoria Geral e Assessoria Especial da Presidência da Câmara Municipal de Mossoró”

 

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