O economista Aldemir Freire, chefe da Unidade do IBGE no Rio Grande do Norte, apresentou o Perfil da Oferta e Demanda por Álcool Combustível no RN em 2016. Conforme a publicação, o Estado consumiu, no ano passado, 202,1 mil m³ de álcool, mas produziu apenas 66,15 mil m³, ou seja, 32,7% da demanda.
Como o volume de álcool produzido no RN está longe de atender a demanda do mercado local, o Estado tem como principal fornecedor do combustível a Paraíba, responsável, em 2016, pela produção de 54,2 mil m³, equivalente a 26,8% da oferta total.
Além da Paraíba, os outros estados que se destacam na oferta de álcool combustível para o RN foram Pernambuco, São Paulo, Goiás e Alagoas. Aproximadamente 72% desse biocombustível consumido no RN tem sua origem no Nordeste. O Sudeste supre 16,4% da demanda e o Centro Oeste 8,3%”, destaca Aldemir Freire.
Quando observado o destino do álcool combustível produzido no estado, se vê que aproximadamente 75% foi para consumo dentro do próprio RN, sendo que outros 21,5% se destinaram ao Ceará. “Mais de 99% do álcool combustível no RN teve como destino a região Nordeste (RN, CE, PB, PI, MA e PE). Apenas uma ínfima fração foi destinada ao estado do Pará”, acrescenta o economista.
Atualmente, o Rio Grande do Norte possui duas unidades de processamento de cana-de-açúcar voltadas para a produção de álcool combustível. Essas duas unidades (Usina Estivas e Vale Verde) se localizam nos municípios de Arês e Baía Formosa.
O estudo produzido por Aldemir Freire mostra ainda que, segundo dados da CONAB, na safra 2017/18 o RN irá processar 2,81 milhões de toneladas de cana, das quais 1,78 milhão destinada a produção de açúcar e 1,03 milhão para obtenção de álcool.