26 ABR 2024 | ATUALIZADO 08:39
ECONOMIA
Da redação
23/11/2018 12:12
Atualizado
14/12/2018 04:19

Com dívida de R$ 675 milhões, livraria Saraiva pede recuperação judicial

Mossoró entrou na lista das lojas escolhidas pela Saraiva para fechamento. Ao todo foram de 20 lojas do grupo fechadas no país
A rede de livrarias Saraiva, maior do país, entrou com pedido de recuperação judicial nesta sexta-feira após não conseguir acordo com fornecedores para renegociação de dívidas, que somam R$ 675 milhões. Fundada há 104 anos, a Saraiva tem operações em 17 estados do país. Além dela, a livraria Cultura também está em processo de recuperação judicial.

O pedido da Saraiva foi protolocado na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca de São Paulo. A empresa afirmou em comunicado ao mercado que “a recuperação judicial não altera, de forma alguma, o funcionamento da (área de) varejo, que segue, na data de hoje, com 85 lojas físicas em todo o Brasil e com sua operação de comércio eletrônico”.

Mossoró entrou na lista das lojas escolhidas pela Saraiva para fechamento. Ao todo foram de 20 lojas do grupo fechadas no país. A movimentação, que chegou poucos dias depois do anúncio da recuperação judicial da Livraria Cultura, outra grande no setor,  deixou o mercado editorial na ansiedade.

A direção do Partage estava tentando junto à direção da Saraiva a manutenção de sua filial em Mossoró, tida como uma das que apresentam melhor desempenho do grupo.
Em comunicado, a companhia informou que a medida foi necessária diante dos desafios econômicos e operacionais do mercado, além de indicadores que retratam uma mudança na dinâmica do varejo.

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A companhia acumula de janeiro ao final de setembro prejuízo líquido de R$ 103 milhões, mais que o dobro em relação ao resultado negativo de R$ 50 milhões de um ano antes. A Saraiva informou que 'tem tomado diversas medidas para readequar seu negócio a uma nova realidade de mercado, com quedas constantes no preço do livro e aumento da inflação". Mas a estratégia não impediu que a empresa buscasse proteção na Justiça contra credores.

No início deste ano, a rede propôs aos fornecedores a negociação de seu passivo, mas sem sucesso. Por isso, a empresa avaliou "que a apresentação do pedido de recuperação judicial seria a medida mais adequada nesse momento, no contexto da crise no mercado editorial, reflexo do atual cenário econômico do país".  

O objetivo é "proteger o caixa, fazendo com que a empresa retome sua estabilidade e, posteriormente, seu crescimento econômico, bem como garantir a preservação da continuidade de sua operação nas lojas físicas e e-commerce".

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