26 ABR 2024 | ATUALIZADO 20:04
POLÍCIA
Da redação
29/11/2018 16:10
Atualizado
14/12/2018 05:12

Caso Dinarte Bezerra: "Esse rapaz, o Davyson, foi cruel e frio", diz Kátia, irmã da vítima

Deyvson matou o namorado Dinarte Bezerra, irmã de Kátia Bezerra, e depois foi curtir a praia com um casal de amigos, tendo pago a conta com o cartão de crédito da vítima
"Quando fiquei sabendo do julgamento, logo me veio um filme na cabeça de tudo que vivi naquele mês de agosto e setembro de 2016. Uma tristeza toma conta de todos nós. Esse rapaz, o Deyvson, foi cruel e frio. Meu irmão conquistou tudo com tanto trabalho, tanto esforço e perdeu a vida de forma tão perversa!", diz Kátia Bezerra da Silva.
 
Kátia é irmã de auditor das lojas Riachuelo, Dinarte Bezerra da Silva Filho, assassinado por ciúmes na madrugada do dia 21 de agosto de 2016, no estacionamento do restaurante Tchê, no bairro Nova Betânia, em Mossoró, pelo namorado Deyvson André da Silva Oliveira, de 25 anos, que será julgado nesta sexta-feira, 30.

Veja mais
Natalense acusado de matar o namorado em Mossoró será julgado nesta sexta, 30 

O MOSSORÓ HOJE mostrou, em reportagem completa (acima), o caso Dinarte. A história mais parece é um filme de horror.

Com um depoimento cheio de contradições, Deyvson todo o momento tentou atrapalhar o trabalho da policia ou induzir a família da vítima a seguir outros rumos. Chegou a cumprimentar Kátia Bezerra e dizer que ia fazer de tudo para encontrar Dinarte Bezerra, sendo ele o assassino.

Uma das histórias contadas por Deyvson durante a investigação e durante a instrução do processo, é esta abaixo, que o MOSSORÓ HOJE teve acesso com exclusividade. Ele confessa o crime, mas tenta jogar a culpa na vítima, versão esta que não convenceu a polícia e nem o MPRN.



Os fatos reais foram narrados pelo Ministério Público Estadual com base no que foi apurado pela policia, sempre observando o que falava as testemunhas, os dados dos telefones e do cartao de crédito da vítima.

As cameras de monitoramento também contribuíram gerando imagens. Deyvson passou a noite no Vila Oeste com a vítima Dinarte Bezerra, segundo ele, fumando maconha. Os dois decidiram não concluir à noite no hotel Villa Oeste.

Às 3h13, saíram do hotel e foram no carro Dinarte (um Fox preto) ao estacionamento do Restaurante Tchê, buscar o carro de Deyvson, um Corola alugado em Natal, que havia sido deixado no estacionamento. 

No local houve uma discussão, por ciúmes. Por este motivo fútil, Deyvison matou Dinarte com um carregador de celular. Após cometer o crime, pegou a bolsa pessoal e os cartões de crédito da vítima e foi para o Hotel Vitória, onde havia deixado o casal de amigos de Natal hospedado. 



Ao amanhecer o dia 21 de agosto, tomou café por volta das 9 horas da manhã com os casal de amigos e foram, por volta das 10 horas, curtir a praia de Canoa Quebrada/CE. Pagaram a conta por volta das 14 horas, com o cartão de crédito de Dinarte Bezerra (foto acima à dir.) e retornaram para Mossoró.

Encerraram a conta no Hotel Vitória e pagaram tudo com o cartão de crédito da vítima, que continuava morto dentro do carto no estacioamento do Tchê. Deyvson foi deixar o casal em Natal no Corola e depois voltou com a intenção de queimar o carro possivelmente com o corpo dentro.

Trouxe o irmão e a namorada dele para fazer companhia, ficar conversando e não dormir no caminho. Entretanto, perto da queijeira capotou o Corola. Ele, o irmão e a namorada do irmão tiveram apenas escoriações. O carro ficou destruído no local. Havia um galão de gasolina na mala.

Deyvson seguiu até Assu, onde embarcou o irmão e namorada de volta para Natal. Ele seguiu de taxi para Mossoró. Chegou no estacionamento do Tchê, empurrou o corpo de Dinarte para o banco traseiro e saiu dirigindo o carro até Taipu, onde enterrou o corpo do namorado.

Depois foi até Bento Fernandes e abandonou o carro. Depois foi para o apartamento dele em Ponta Negra, em natal, de táxi. Todas as contas de taxis, despezas com o acidente, aluguel do Corola, abastecimentos e etc, foram pagos com os cartões de Dinarte Bezerra.

Enquanto a polícia seguia as pistas, a irmá de Dinarte Bezerra se manteve firme de delegacia em delegacia tanto em Mossoró como em Natal cobrando empenho da polícia, até o desfecho final, com a policia prendendo Deyvson e encontrando o corpo do irmão.

Kátia Bezerra agradece aos policiais civis, delegados, enfim, todos que estiveram empenhados nas investigações e pede a população de Mossoró que condene o assassino do irmão, lembrando que a dor imensa que sente com a perda do irmão.




O júri

O juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros deve abrir os trabalhos às 8h30. Devem está presente ao plenário, além dos jurados, policiais, técnicos judiciários, estudantes de direito, pelo menos 8 testemunhas arroladas no processo, familiares da vítima, familiares do acusado, representante do Ministério Público Estadual e os advogados contratados para defender os interesses do réu Deyvson Bezerra.

O Ministério Público Estadual será representado pelo promotor de Justiça Italo Moreira Martins. Na defesa do réu está previsto atuar o advogado Gabriel Bulhões Nóbrega Dias.

A defesa convocou 8 testemunhas: 
Jenner da Silva Menezes
Manoel Daniel de Melo
Paulo Victor Torres de Melo
Isabel Cristina da Costa
Mariane Dantas de Medeiros
Moniq Andy Nogueira Lopes
Angellucy Galdino da Silva
Luis Fernando Sávio Eliezer Pinto

Com tantos depoimentos, inclusive entre as testemunhas de defesa esta o delegado Luis Fernando, da DEFUR de Mossoró, que investigou o caso, os debates entre promotor de Justiça e advogado de defesa deve começar no meio da tarde. A conclusão do julgamento deve ocorrer na noite de sexta-feira, 30, com o Conselho de Sentença se reunindo em Sala Secreta e decidindo pela condenação ou não do réu.


 

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário