A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) registrou, até o momento, 34 ataques criminosos na capital do Estado, região Metropolitana e cidades do interior do Rio Grande do Norte, nessa última semana.
A onda de ataques começou após a rebelião dos presos na penitenciária de Alcaçuz, palco do massacre que deixou 26 presos mortos. Até o momento, foram registrados ataques a ônibus e veículos de transporte alternativo, seis carros de passeio - incluindo, um veículo do governo, e um caminhão.
Em Natal, o transporte coletivo deixou de circular como tentativa de prevenir novos incêndios. A população está sendo prejudicada.
Entre os ataques registrados até o momento, está o incêndio ao prédio da
Delegacia da Mulher de Caicó (foto à dir.), que foi incendiada na madrugada desta sexta-feira. Ainda foram computados quatro disparos de arma de fogo a prédios públicos no Estado.
Até o momento, segundo a Sesed, 17 prisões de suspeitos dos ataques foram efetuadas. Menores também foram apreeendidos, além de materiais como armas, drogas, munições e combustíveis que estavam em posse de suspeitos.
Em Parelhas, a polícia prendeu quatro suspeitos de planejar novos ataques na cidade de Caraúbas. A ação seria uma ordem de presos da Penitenciária Regional de Caicó, o Pereirão. Seis litros de gasolina foram apreendidos.
Já em Natal, o suspeito
Ítalo Gaspar da Costa, 18 anos, foi preso tentando jogar munições para dentro do presídio de Alcaçuz. Ítalo Gaspar é também suspeito de participar da chacina de Itajá, em julho de 2015, que vitimou cinco mulheres.
Forças Armadas
Para tentar cessar a onda de ataques, as Forças Armadas já estão na capital e região Metropolitana fazendo patrulhamento. Ao todo, 1.200 homens estão no RN, conforme solitação do governador Robinson Faria e autorização do presidente Michel Temer.
Após dias afirmando que o caos no sistema prisional estava 'sob controle',
Robinson declarou: "Vamos pedir a Deus proteção".
Ainda nesta quinta-feira, 19, medida adotada pelo governo se tornou polêmica.
PMs entrariam em Alcaçuz para fazer um "paredão humano" e tentar retormar o controle da unidade. Hoje, o comandante da PM, negou a medida.