Há muito preconceito quanto ao espiritismo. Qual o motivo de prevalecer esse tipo de visão? A primeira pergunta que nos chega para reflexão é valioso ponto de partida, pois são muitos os preconceitos que vivenciamos no dia a dia. Infelizmente não apenas com essa doutrina de amor, pois de certa forma essa maneira ainda equivocada de expressão termina sendo, de uma ou outra forma, praticada por quase todos nós.
Preconceito por ser gordo, magro, divorciado, mãe solteira, negro, índio, pobre, mulher, ..., mesmo o belo sofre essas investidas. Nós, seres humanos, infelizmente estamos sempre buscando formas de nos sentirmos superiores, ou de não demonstrarmos como ainda é grande a nossa inferioridade. Claro, sem perceber, pois justificamos e nos escondemos por trás dos próprios equívocos que precisamos curar.
No caso dos preconceitos religiosos, não somente a Doutrina Espírita e os espíritas são atingidos, mas também muitas outras religiões. Ações que ferem o orgulho de muitos de nós, fieis, que ainda estamos na busca da verdadeira caridade que perdoa. Mas a dor maior, passamos quando somos nós, os que fazemos uso da nossa fé, para ferir outrem de algum modo. Que imaginar, se em nome da fé fugirmos da mensagem de amor, humildade e benevolência pregada por Jesus?
Queremos dizer que nesse contexto nos torna bastante compreensível a visão e preconceito de muitos, conquanto não há necessidade alguma de reação ao que muitos consideram como ataques, mas que devemos lembrar que faz parte do direito de cada ser humano em seu livre arbítrio e liberdade de expressão.
Não cabendo logicamente a nenhum de nós o julgamento sobre uma ou outra forma que alguém use para definir a crença que temos. Buscamos sim compreender a raiz que pode causar esses atos, a fim de os corrigirmos em nós mesmos para sermos capazes de compreendermos e respeitarmos os dos demais.
Imaginemos a simples palavra “Espiritismo”. Perceberemos que muitas vezes, basta a simples palavra para fazer a curiosidade recuar. Sem que percebam, muitos podem sofrer a ação de medos e conceitos pré-concebidos. “Espiritismo? Deus me livre. Espiritismo é coisa do Diabo”, acusam nossos corações historicamente educados pelo medo.
Não o medo saudável que leva a ponderação, ao cuidado, mas ao medo que anula o amor. Ou seja, no exterior muitas vezes podemos temer sermos nós, alvos de preconceito, se manifestássemos o mínimo interesse em saber um pouco mais. Mas repito. Isso, não é só com o espiritismo.
Aliás, não foi a Doutrina Espírita quem inventou os espíritos ou a comunicação entre o mundo material e o mundo espiritual. Espíritos desencarnados e homens (espíritos encarnados) convivem e conviveram, tendo sido registrados na própria Bíblia, inúmeros relatos que comprovam a existência e a importância desses dois mundos que fazem parte da vida de todo nós que sabemos que não viveremos eternamente na matéria. Todos vamos morrer. Que seremos então depois?
Enfim, ainda não conseguimos entender a mensagem de Jesus deixada há mais de dois mil anos. Como poderíamos ousar que deveria ser dever e interesse de todos o conhecimento da Doutrina Espírita que tem apenas pouco mais de cento e cinquenta? De forma alguma isso sonda a intenção do verdadeiro espírita, que da mesma forma não busca converter a ninguém e que reconhece o valor e a importância de todas as religiões que auxiliam, levando luz para as jornadas espirituais de acordo com as necessidades de cada um.
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