04 FEV 2025 | ATUALIZADO 21:34
Luz Espírita
06/02/2016 09:45
Atualizado
13/12/2018 12:40

O carnaval é proibido?

O carnaval é proibido?
Reprodução/Internet

Um dos maiores ensinamentos que a Doutrina Espírita confere aos seus adeptos e o que mais encanta e aproxima aos que se interessam por seu estudo, despidos do manto do desconhecimento e do preconceito, é a busca que o ser humano deve empreender pelo seu equilíbrio.

É o de saber que a evolução espiritual íntima e verdadeira, conforme lecionam os preceitos de nosso mestre, modelo e guia, Jesus Cristo, deve sempre ser precedida de atos de amor e caridade e totalmente dissociados de pensamentos e atitudes fanáticas, radicais e, que, de alguma maneira, possam prejudicar ou desrespeitar um semelhante.

Partindo-se do pressuposto que o espiritismo nos traz a bênção da fé raciocinada e se compromete com o nosso esclarecimento, através do estudo de obras inspiradas pela espiritualidade superior e fundadas nas lições Cristãs, não soa razoável ou coerente que algum irmão afirme ser a doutrina espírita contrária a uma festa como o carnaval ou venha a julgar quem opte por usufruir dos festejos carnavalescos.

Não se pode negar que durante o período do carnaval grande parte das pessoas se permite aos exageros de toda sorte, as influências negativas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos ignorantes ou mal intencionados, ocasionando tristes casos de violência, como os homicídios e suicídios, utilização de drogas lícitas e ilícitas, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis, doenças sexualmente transmissíveis, abortos, etc.

Por outro lado, tantos outros irmãos, mais disciplinados nas máximas de orar e vigiar, escolhem participar dessas festividades de maneira alegre, pacífica e comprometida com o bem, cientes de suas responsabilidades e de estarem gozando apenas de mais um prazer material e momentâneo.

Sim, os prazeres materiais fazem parte da vida humana e não constituem, por si só, nenhuma falta perante o Pai Maior. Até mesmo porque, vivemos em um planeta de provas e expiações e nossa condição tão pouco adiantada nos faz, muitas vezes, ter a necessidade de vivenciar momentos tal como o carnaval, sem, para tanto, nos isentar das implicações da lei de causa e efeito, que é única, universal e aplicável a todos os seres, indistintamente.

Assim, seja no carnaval ou fora dele, teremos que responder, diante do Criador, por todos os nossos atos, sendo certo que “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”.

Diante disso, caros irmãos, estando todos nós em condições evolutivas tão diferentes, porém, na certeza de que estamos bastante distantes de alcançar a perfeição relativa, que é aquela que mais nos aproxima de Deus, lembremos que não nos cabe condenar a festa do carnaval, muito menos julgar aqueles que escolhem dela participar, sejam religiosos ou não.

O mal não está na coisa em si; está em como nos conduzimos dentro dela. O carnaval não seria o que é, se não fôssemos o que somos.

Neste carnaval, aos que optarem por eventos religiosos ou apenas por descansarem longe da “folia”, sejam muito felizes, e aos que escolherem aproveitar participando ativamente dos festejos, da mesma forma. Em ambos os casos, que todos estejamos vibrando em clima de amor, de paz, de responsabilidade e de muita alegria. É o que Jesus espera de nós!

Do Grupo: Cartas do Caminho do Núcleo de Estudos Espíritas Casa do Caminho.
Escrito por: Fernanda Lucena

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