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Retratos do Oeste
18/03/2016 06:31
Atualizado
13/12/2018 17:34

Está em curso a revolta dos fins que justificam os meios

Os fins é retirar Dilma do poder, impedir que Lula volte em 2018 praticando um crime grave contra a segurança nacional
Wilson Dias/ABr

O Brasil está se aproximando de um confronto de rua protagonizado por dois grupos políticos, sendo um liderado pela ala que perdeu e não aceitou a derrota nas eleições de 2014 e outro ligado ao governo Dilma Roussef defendendo a soberania nacional e a democracia.

O primeiro boicote ao governo Dilma Roussef veio do Congresso Nacional, que ganhou força com o avanço da Lava Jato por caminhos tortuosos na direção do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva na medida que estes deixava transparecer que seria candidato em 2018.

O boicote ao governo Dilma ganhou ainda mais força quando o preço do barril de petróleo caiu de 121 para apenas 30 dólares na Bolsa de Nova York, quebrando assim a Petrobras, que extrai petróleo no presal a um custo de R$ 48 dólares. O déficit é bilionário.

Para complementar, a crise econômica mundial, tendo o Japão tido recessão superior a 4%, contribuiu também para a queda da economia no Brasil, com a alta brusca do dólar e a desvalorização absurda do Real, logo do poder de compra do brasileiro.

O avanço da Lava Jato, chegando ao núcleo político, como Eduardo Cunha, José Agripino, Aécio Neves, José Dirceu, João Vacarri Neto, entre outros, levou a presidenta Dilma Rousseff a declarar de público que por ela não ia sobrar pedra sobre pedra.

O recado foi entendido pela banda pobre do Congresso Nacional como que, se tem culpa no cartório terá que pagar perante a Justiça, sem esta de agir para proteger A ou B dentro do Parlamento. Foi o suficiente para Eduardo Cunha, do PMDB, principal alvo da Lava Jato, reagir.

Cunha conseguiu apoio rápido entre os corruptos do Congresso que querem proteção para escapar dos roubos que fizeram. Colocaram a pauta bomba em votação, passando a boicotar as principais medidas do Governo Federal para enfrentar a crise econômica mundial.

O Congresso Brasileiro, liderado por Eduardo Cunha e peças do PSDB, DEM, inclusive, aprovaram medidas para aumentar as despesas com as maquinas pública e aprovaram outras medidas que impossibilita o aumento da arrecadação para equilibrar as finanças.

Deste modo, o governo Dilma chegou ao ponto que não tem dinheiro suficiente para custear o que foi prometido. Era o ingrediente perfeito para os políticos de oposição e também políticos totalitários construírem seus discursos para retomar o poder.

Foi quando aparecer a figura de Lula. A oposição entrou em desespero. Estranhamente a Lava Jato começou a caminhar na direção do ex-presidente, que havia declarado que talvez fosse candidato em 2018. É considerado imbatível pelas principais pesquisas.

O juiz Sérgio Moro praticamente esqueceu de investigar os desvios da Petrobras e passou a investigar o que supostamente o ex-presidente teria se beneficiado das empresas já condenadas pelos desvios na Petrobras. Observem que hoje não se fala mais em Petrobras.

Para Moro, Lula teria um sítio em Atibaia, um apartamento tríplex no Guarujá, um barquinho de lata e um patinho d’água que teriam sido comprados com recursos das empresas investigadas e condenadas por desvios da Petrobras.

Neste caso, específico, o ex-presidente mostrou muitos documentos provando que o apartamento ele não comprou, que o sitio não é dele e que o patinho e a canoa foi Marisa Letícia e ele que compraram por aproximadamente R$ 6 mil reais.

Apesar da insignificância, Moro dedicou todas as forças para pegar o ex-presidente Lula, chegando ao absurdo de grampear telefones de dezenas de advogados e de toda a família de Lula. Com base no que investigou e entendeu, conduziu Lula coercitivamente.

A condução coercitiva levantou revolta entre os fãs de Lula. Engrossou o discurso de golpe. Um promotor de SP pediu a prisão preventiva do ex-presidente, tornando o caso ainda mais evidente a intenção de golpe. As escutas de Moro chegaram a presidenta Dilma e ministros.

Neste interim, Dilma Rousseff precisando recompor seu governo para enfrentar a crise mais política do que econômica, chamou Lula para o cargo de chefe do Gabinete Civil. Lula com um discurso forte contra as ações do juiz Moro e do MP de São Paulo.

Ao invés de destinar o processo para o Supremo Tribunal Federal, como determina a Constituição Federal, o juiz Sério Moro, levantou o sigilo do processo e mandou os grampos para a imprensa, cometendo assim um crime grave contra a segurança nacional.

O juiz Moro, para justificar seu erro que pode resultar em sua demissão, citou a Constituição Americana. Para Moro e uma parte boa da população Brasileiro conduzida no ritmo "Admirável Gado Novo", os fins (tirar Dilma do Poder e impedir que Lula se eleja em 2018) justificam os meios (crime grave contra a segurança nacional.

Está em curso a revolta dos fins que justificam os meios.

Zé Ramalho, Admirável Gado Novo

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