01 NOV 2024 | ATUALIZADO 12:27
Retratos do Oeste
18/04/2016 11:57
Atualizado
14/12/2018 07:41

A corrupção está dando uma volta, por cima, no combate a corrupção

Corruptos se articularam no Congresso para afastar, mesmo que sem provas, a presidenta Dilma do Congresso
U. MARCELINO, REUTERS / Video: REUTERS Live

Enquanto o juiz Federal Sérgio Moro e o procurador da república Deltan Dallagnol, do Paraná, se contorcem com a legislação fraca para prender corruptos de gravata, os corruptos de gravata estão dando uma volta por cima, chegando a Presidência da república.

E isto não é visão de um brasileiro indignado com o quadro de injustiça e vendo o País entrar num buraco sem fundo em função de uma classe política conservadora, corrupta e irresponsável, aplaudida por um conglomerado de mídia igualmente irresponsável.

Não é. Lendo os principais veículos de comunicação do mundo, como NY Times, The Guardian, El País, BBC, entre outros, o retrato é um só.

Veja o EL PAIS

Veja o THE GUARDIAN

Uma corja de corruptos na Câmara dos deputados, comandada por Eduardo Cunha, do PMDB, forçaram a barra para derrubar a presidência de Dilma Rousseff, PT, que não tem se quer uma investigação em aberto contra ela por qualquer crime que seja.

O pedido de impeachment de Dilma Rousseff é fundamentado, pelos três advogados que o assinaram, com apenas seis decretos assinados em 2015 (não existe nada de corrupção), antes do Tribunal de Contas da União mudar as regras tornando este tipo de movimentação ilegal.

Antes, inclusive, um dos seis decretos foi para atender ao pedido financeiro do próprio TCU.

Para levar a diante, os deputados aliados de Eduardo Cunha, acusado de receber centenas de milhões de dólares em propina, usaram como argumento a insatisfação das ruas com o governo Dilma Rousseff e principalmente o desemprego gerado pela crise, para votar SIM.

É bom que se diga que a crise financeira mundial chegou ao Brasil e o Congresso Brasileiro, ao invés de se unir a Presidência da República para enfrenta-la, fizeram foi agir no sentido contrário, deixando milhões de desempregados no Brasil, superdimensionamento da crise.

Na votação da abertura de impeachment, os deputados deram as caras. Revelaram um quadro vergonhoso no Brasil. São hipócritas. O retrato deste quadro é a deputada mineira Raquel Muniz, de Montes Claros. Ela disse, pulando, que votou pelo fim da corrupção.

E foi além, citou que o marido dela, Ruy Muniz, prefeito de Montes Claro, era um exemplo de honestidade, quando na verdade se trata de um corrupto igual ou pior do que os deputados que tramaram sordidamente, parar o Brasil e afastar a presidenta Dilma do cargo.

Ruim Muniz foi preso preventivamente na manhã desta segunda-feira, 18, em Brasília, no apartamento da mulher, Raquel Muniz, pela Polícia Federal, que investiga desvios de somas absurdas de dinheiro da saúde da cidade de Montes Claros, em Minas Gerais.

Foi esta Câmara dos Deputados, tendo Eduardo Cunha a frente, que instalou o Impeachment sem provas para colocar o cargo o Michel Temer, aliado do PMDB. E mesmo antes da aprovação do impeachment, os deputados já cogitam como vão anistiar Eduardo Cunha.

A corrupção está dando uma volta, por cima, no combate a corrupção.

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