01 NOV 2024 | ATUALIZADO 11:17
Retratos do Oeste
17/05/2016 07:34
Atualizado
13/12/2018 17:36

O golpismo não admite a liberdade de pensamento

Sobre isso, a Associação Brasileira das Emissoras Públicas Educativas e Culturais emitiu a seguinte nota:

O golpista Michel Temer exonerou o jornalista Ricardo Melo da presidência da EBC, a Empresa Brasil de Comunicação, nave-mãe da TV Brasil. Trata-se de um grave desvirtuamento do papel de uma televisão pública, à qual os usurpadores do poder querem transformar em um órgão chapa-branca, em desconformidade com o que prevê a Constituição Federal.

Sobre isso, a Associação Brasileira das Emissoras Públicas Educativas e Culturais emitiu a seguinte nota:

 

"A luta pela preservação do caráter público da comunicação, um direito universal reconhecido pelas Nações Unidas, tem na criação da EBC o seu marco histórico mais importante.

Leis, decretos, Conselho Curador e demais resoluções nos apontaram o caminho e o sonho de uma TV independente e autônoma, subordinada aos interesses da sociedade, para além das conveniências político-partidárias do momento, como estabelece a Constituição.

Há muito a avançar ainda para que isso se consolide, indiscutivelmente. Mas este é um momento crítico na construção desse caráter.

O governo interino pode tratar a EBC como mais um troféu da disputa política em andamento no país ou reconhecer a trajetória da empresa pública federal como espaço neutro, acima dos partidos, rumo à afirmação e ao fortalecimento da cidadania.

Respeitar as leis, neste caso, significa também referendar e orientar o caráter republicano das TVs públicas de todo o país – não raramente sujeitas a riscos de partidarização.

A jovem democracia brasileira exige um campo público de comunicação forte, rigorosamente conceituado e normatizado, como fator de sustentação das poucas mas já importantes conquistas acumuladas, na direção de novos avanços.

Ignorar os marcos legais que regem o setor e suprimir direitos constituídos seria, portanto, num momento já delicado da democracia brasileira, enviar sinais à sociedade de que as leis são manejadas de acordo com as conveniências circunstanciais, em favor dos grupos de poder de plantão."

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário