O jovem Rafael Bezerra Pires, de 25 anos, foi baleado e morto quando trocava tiros com a Polícia Militar neste domingo, 24, no bairro de Mãe Luíza, em Natal.
No veículo que Rafael estava haviam outras 3 pessoas, sendo que duas mulheres e um rapaz. Um casal fugiu e uma jovem foi levada detida para a Delegacia de Plantão da zona sul.
Dentro do carro os policiais informaram que localizaram 2 revolveres com munições deflagradas. Não tem o que se discutir com relação a letalidade da ação policial.
Discutir situações assim não traz resultados práticos, uma vez que o problema não é causado pelo atual quadro social e menos ainda pela polícia, ou seja, pelas duas partes.
A origem do problema está na formação dos jovens dentro de casa e nas instituições. Só que como a família está destroçada, a educação está falida e as religiões estão divididas.
Outro fator importante seria o preso trabalhar nos presídios e assim ter chances de quando sair da prisão ter uma chance de ter trabalho e assim não voltar ao mundo do crime.
O atual quadro é o seguinte: a sociedade/Estado não forma bem seu cidadão, pega os que tem instinto ruim, deixa cem vezes pior nos presídios e joga de volta nas ruas.
O Estado chama esta aberração de segurança pública e o cidadão tem acreditado nisto nos últimos anos, tanto é que termina por votar pela continuidade deste sistema.
Cenas como esta que ocorreu no bairro de Mãe Luiza tende a se repetir, como tem se repetido não só em Natal, mas em todo o Rio Grande do Norte e outros estados também.
E esta repetência de casos de bandidos enfrentando policiais, fazendo disparar as estatísticas, torna de alto risco a profissão do agente de segurança pública e o labor do cidadão de bem.
Só em 2016, o Observatório da Violência do RN já registrou 1.100 Crimes Violentos Letais Intencionais, um número absurdamente alto em relação ao número de habitantes. São 22,91% a mais do que aconteceu no mesmo período de 2015.