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POLÍCIA
Cezar Alves, da Redação
28/07/2016 13:55
Atualizado
05/12/2018 00:27

Alexandre "Porco" volta ao banco dos réus; agora por duplo homicídio

Acusado de vários crimes, Alexandre Porco vai responder nesta quinta-feira, 28, perante a sociedade pelos assassinatos de Toinho da Bolsa e da menina Sâmara Portes, de 8 anos, ocorridos por volta das
Cezar Alves

O temido assaltante e homicida Alexandre da Silva, o “Porco”, de 22 anos, volta ao banco dos réus nesta quinta-feira, 28, para ser julgado, desta vez, pelos assassinatos de Antônio Francisco Targino de Oliveira, o Toinho da Bolsa, e da menina Sâmara Vicente Portes, de 8 anos, crimes estes ocorridos às 20hs do dia 22 de novembro de 2014, no Conjunto Promorar, zona oeste de Mossoró/RN.

Este júri estava marcado para ocorrer no dia 21 de junho passado, entretanto, o advogado que iria fazer a defesa do réu no plenário, José Anchieta da Costa Lima, não compareceu e nem deu explicações, segundo o promotor Armando Lúcio. Terminou multado em 10 salários mínimos e o julgamento do réu Alexandre Porco ficou agendado para esta quinta-feira, 28 de julho.

Como Alexandre Porco matou Sâmara Portes

Alexandre “Porco” foi matar Toinho da Bolsa (na época com 20 anos), e por erro de execução (termo jurídico) acertou um tiro na menina Sâmara Vicente Portes, que não tinha qualquer relação com o seu alvo, que também morreu. Sâmara Portes estava brincando perto de casa com outras duas crianças. Morreu nos braços do pai em desespero.

O duplo homicídio deixou a comunidade indignada. Porco fugiu para o estado do Ceará e tempos depois, foi preso junto com um comparsa, armados, segundo a polícia, quando iam matar um cidadão em Limoeiro do Norte/CE. Como o caso em Mossoró já estava esclarecido e a Justiça já havia decretado sua prisão preventiva, o suspeito ficou preso.

Além de responder por assaltos e também por tráfico de drogas, Alexandre Porco nesta época já havia matado outras pessoas e inclusive foi condenado a 12 anos de prisão por este assassinato no dia 7 de julho deste ano pelo Tribunal do Júri Popular. Os 12 anos de prisão que pegou neste júri foi pelo assassinato de Francisco de Assis da Conceição, o Bubu, que na época tinha 22 anos. Este crime ocorreu às 17h do dia 28 de junho de 2014.

A vítima Francisco Bubu, que foi surpreendida por Alexandre Porco quando jogava bola em frente à casa da mãe, deixou mulher e filho recém-nascido. Porco o matou na frente de várias pessoas e ainda o chutou, pois não o queria vê-lo na Favela do Fio, seu domínio. Apesar de haver testemunhas, ele negou este crime durante o júri e acusou Toinho da Bolsa.

O Toinho da Bolsa que Alexandre Porco se referiu no depoimento prestado no Tribunal Júri pelo assassinato de Francisco Bubu (veja acima) é o mesmo que ele matou no dia 22 de novembro e na mesma ocasião terminou matando a menina Sâmara Portes. Neste caso, ele teria ido matar Toinho da Bolsa, para vingar a morte do irmão. Ao menos, é isto que ele conta.

Na prática, tanto os policiais militares, como agentes civis e também moradores da Favela do Fio, ouvidos pela reportagem do MOSSORÓ HOJE, apontam que Alexandre Porco é um sujeito perigoso, matador frio. Os moradores da Favela do Fio também o acusam de outros crimes que ocorreram no Santa Delmira e no bairro Santo Antônio.

Outros crimes

Além de matar Sâmara Portes, Toinho da Bolsa, Francisco Bubu, o réu Alexandre Porco, apesar da pouca idade e aparência franzina, também é apontado como responsável pelos assassinatos dos adolescentes Deslan Dáblio do Nascimento Felipe, ocorrido em 2012, no Santo Antônio; e de Maria Luana Oliveira de Souza, de 17 anos, assassinada a tiros em janeiro de 2013 no bairro Santa Delmira.

O julgamento desta quinta-feira

O Juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros vai presidir os trabalhos. O réu será conduzido a presença do Conselho de Sentença, composto por pessoas a sociedade no Salão do Tribunal do Júri do Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, por agentes penitenciários e escolta da Policia Militar. A denúncia no plenário do Tribunal do Júri será detalhada pelo promotor Armando Lúcio Ribeiro e a defesa está inscrito o advogado José Anchieta da Costa Lima, que se faltar, será novamente multado e o júri adiado.

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