28 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:14
POLÍTICA
Da redação
08/08/2016 09:16
Atualizado
14/12/2018 08:34

José Serra teria recebido R$ 23 milhões da Odebrecht, aponta jornal

Valores teriam sido repassados em forma de caixa 2 durante a campanha presidencial de 2010. Ministro nega acusações.
Agência Senado
O atual ministro das Relações Exteriores, José Serra, teria recebido R$ 23 milhões de caixa 2 da Odebrecht durante a campanha presidencial de 2010. A informação foi revelada por executivos da empreiteira a investigadores da Operação Lava Jato, conforme consta em reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Essa é a primeira vez que José Serra é citado em supostos esquemas de corrupção por possíveis colaboradores da operação que investiga desvios na Petrobrás. Segundo a Folha de S. Paulo, a revelação foi feita na semana passada a procuradores da força-tarefa e da Procuradoria-Geral da República (PGR) por funcionários da Odebrecht que tentam acordo de delação premiada.

Os executivos afirmaram que parte do dinheiro foi paga no Brasil e parte foi entregue por meio de depósitos em contas no exterior, segundo o jornal. Apesar das informações concedidas aos procuradores, o acordo de delação premiada ainda não foi assinado. Para comprovar que houve pagamento por meio de caixa 2, a Odebrecht disse que apresentará extratos bancários de depósitos realizados no exterior que tinham como destinatária a campanha presidencial de Serra.

Informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a empreiteira doou naquele ano R$ 2,4 milhões ao Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República de Serra. Assim, a campanha do tucano teria recebido da empreiteira R$ 25,4 milhões – sendo R$ 23 milhões por meio de caixa 2 ou R$ 34,5 milhões em valores atualizados pela inflação.

Em conversas futuras, de acordo com o jornal, os executivos devem revelar que o atual chanceler era tratado pelos apelidos de “Careca” e “Vizinho”, em documentos da empresa.

 Por meio de nota de sua assessoria de imprensa, Serra afirmou que conduziu sua campanha à Presidência, em 2010, dentro da legislação em vigor. “A campanha foi conduzida na forma da lei e, no que diz respeito às finanças, era de responsabilidade do partido.”

Quanto à afirmação de que funcionários da Odebrecht relatarão pagamento de propina na construção do Rodoanel, o atual ministro afirmou que considera a acusação “absurda”. “Considero absurda a acusação sobre o Trecho Sul do Rodoanel, até porque a empresa em questão já participava da obra quando assumi o governo.” O PSDB não comentou o caso.

Com informações do Estadão
 

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