O Rio Grande do Norte confirmou 5.126 casos de Chikungunya em 2016. Ao todo, 21.638 foram notificados. No mesmo período do ano passado, houve, 4.744 casos de febre de Chikungunya, dos quais 14 foram confirmados. Quanto aos óbitos, em 2016, até o momento, foram confirmados 17.
Desses, 7 ocorreram em indivíduos de sexo feminino e 10 em indivíduos do sexo masculino, sendo que 65% dos casos são referentes a indivíduos acima de 60 anos. Em 2015, no mesmo período, foi confirmado apenas 1 óbito por febre de Chikungunya.
Os dados foram confirmados pelo Secretaria do Estado de Saúde Púbica (Sesap/RN).
A 7ª Região de Saúde (Extremoz, Macaíba, Natal, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante) concentra o maior número de casos notificados, seguida pela 2ª e 4ª Regiões, sediadas, respectivamente, em Mossoró e Caicó.
Segundo a Secretaria, a incidência da doença no ano 2016, considerando a população de 100 mil habitantes, mostra que os indivíduos mais atingidos pela doença são menores de 4 anos e adultos acima de 50 anos.
Esse comportamento aponta para a gravidade da doença nesses grupos etários, tendo em vista que nas crianças, as defesas imunológicas estão em construção, e nos mais idosos, verifica-se grande número de pessoas com outras doenças de base, que associado ao vírus CHIKV, podem agravar o quadro da doença, aumentando a probabilidade do quadro evoluir para óbito.
Dengue
No RN, foram notificados 56.849 casos suspeitos de dengue em 2016, dos quais 8.094 foram confirmados. Entre os casos confirmados, 72 correspondem à dengue com sinais de alarme e 11 à dengue grave.
Em 2015, no mesmo período, foram confirmados 5.621 casos de dengue, dos quais 51 foram de dengue com sinais de alarme e 11 de dengue grave.
Os números apontam para uma alta incidência da dengue em 127 municípios (76%), média incidência em 27 municípios (16,2%) e baixa incidência em 12 municípios (7,2%). Um município apresentou incidência silenciosa, ou seja, não notificou nenhum caso suspeito de dengue nesse período.
Diante dos números, a Sesap alerta aos profissionais de saúde sobre a responsabilidade para notificação de todos os atendimentos que se enquadrarem na definição de caso suspeito de doenças de notificação compulsória definidas pelo Ministério da Saúde.
Esses casos englobam as pessoas que tenham viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo dengue ou que tenha a presença do vetor Aedes aegypti.
Outros casos que merecem atenção são as pessoas que tenham febre, usualmente entre 2 a 7 dias, e apresentem duas ou mais manifestações como náuseas, vômitos, exantemas, mialgias, artralgia, cefaléia.
“É importante que pessoas com esses sintomas procurem uma unidade de saúde e que os profissionais das unidades notifiquem imediatamente”, explica a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica (Suvige), Maria de Lima Alves.
Zika
Até o momento, foram notificados este ano, 4.843 casos suspeitos de zika vírus, dos quais 12 foram confirmados. No ano de 2015, para o mesmo período, foram 5.155 notificações e 31 confirmações.