05 MAI 2024 | ATUALIZADO 17:19
ECONOMIA
Da redação
10/08/2016 04:05
Atualizado
13/12/2018 10:25

Petrobras quer vender complexo em PE por um terço do custo para construí-lo

Situação da estatal é semelhante à vivido no Rio Grande do Norte. Alega prejuízo, mas sindicatos dos servidores desmente versão.
Divulgação
A Petrobras planeja vender a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) por um valor muito abaixo do mercado. A denúncia é da presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Petroquímicas de Ipojuca/PE, Júlia Renvenuto.

Segundo a sindicalista, a Petrobras gastou R$ 6,5 bilhões para erguer a companhia em 2007. E agora quer vendê-la por R$ 2 bilhões, justamente no período em que a empresa está dando lucro.

“A empresa foi negociada, vazou o valor de R$ 2 bilhões. O custo da empresa na construção já foi mais de R$ 6,5 bilhões. Eles estão entregando o patrimônio a um preço muito aquém, um terço do valor de custo, justamente quando começa a apresentar lucro”, argumenta Renvenuto.

A venda da Citepe, que faz parte do Complexo Industrial Químico Têxtil de Pernambuco, foi anunciada recentemente. A diretoria da estatal já aprovou o andamento de negociações com a gigante mexicana Alpek, uma das maiores empresas do setor no mundo.

A Petrobras alega que a Citepe vem dando prejuízos. O balanço de 2015 apontou prejuízo líquido de R$ 817 milhões, mas reconhece um crescimento expressivo da receita em relação ao ano anterior.

Por conta disso, os trabalhadores concursados da companhia decidiram entraram em greve na próxima sexta-feira (12) contra a venda da estrutura e pela garantia da manutenção dos empregos de cerca de 300 pessoas.

O desmonte da Petrobras também é preocupante no Rio Grande do Norte. A estatal quer vender todos os poços da região de Mossoró, na região Oeste do estado, alegando ser inviável a produção.

Entretanto, o coordenador do Sindicato dos Petroleiros (SINDIPETRO/RN), José Araújo, afirma que essa versão não se justifica.

“A Petrobras aqui em Mossoró possui uma produção de 26 mil barris de petróleo por dia. É uma produção significativa e que vem se estabilizando. Ela chega ao final de um ano com quase 1 milhão de barris de petróleo. O que está sendo dito para a população é uma história mentirosa, vergonhosa, e nós não podemos aceitar isso”, destaca o sindicalista.

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