29 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:14
VARIEDADES
Da redação
24/08/2016 11:03
Atualizado
12/12/2018 15:01

Vírus são mais perigosos pela manhã do que à noite, diz pesquisa

Estudo feito pela Universidade de Cambridge aponta que as chances de infecção aumentam se ela ocorrer pela manhã, devido às alterações no relógio biológico.
Reprodução/Internet
Pesquisa ublicada pela revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos mostrou que os vírus têm dez vezes mais sucesso em adoecer a sua "vítima" se a infecção tiver início pela manhã, aparentemente porque o relógio biológico está mais suscetível nesse horário.

E a mesma pesquisa percebeu, em seus estudos com animais, que um relógio biológico desajustado – algo provocado por jornadas de trabalho em turnos diferentes, sempre está mais vulnerável a infecções.

Para os pesquisadores, as descobertas podem ajudar a reforçar o combate a pandemias.

Os vírus – ao contrário de bactérias e parasitas – são completamente dependentes de sua capacidade de “sequestrar” o maquinário dentro das células para se replicar. Mas essas células mudam muito como parte desse padrão de 24 horas conhecido como relógio biológico, que influencia, por exemplo, o funcionamento do nosso sistema imunológico e a liberação de hormônios.

No estudo, camundongos foram infectados com o influenza, que causa a gripe, ou com o vírus da herpes. E os animais infectados durante a manhã apresentaram níveis virais dez vezes maior do que aqueles infectados durante a noite.

Relógio Biológico 

Outros testes mostraram que alterar o relógio biológico de um animal os deixa “presos” em um estado que facilita o sucesso de vírus.

“Isso sugere que quem trabalha em turnos diferentes - quem trabalha às vezes de madrugada e às vezes durante o dia e, por isso, tem um relógio biológico desajustado - está mais sujeito a doenças virais”, explica Rachel Edgar, autora principal do estudo.

“Se isso for confirmado, esses trabalhadores podem se tornar candidatos a receber a vacina anual da gripe”, completa.

Os pesquisadores usaram apenas dois tipos de vírus no estudo.

Mas os dois eram muito diferentes (um era vírus de DNA e o outro de RNA), o que leva os pesquisadores a acreditar que o princípio se aplica a um grande número de vírus.
 
Com informações da BBC Brasil

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