06 MAI 2024 | ATUALIZADO 17:19
POLÍTICA
Da redação
26/08/2016 05:11
Atualizado
14/12/2018 08:26

Senado retoma julgamento de Dilma por crime de responsabilidade

Hoje, senadores favoráveis ao impeachment vão tentar impugnar as testemunhas da defesa usando os mesmos argumentos do advogado José Eduardo Cardozo.
Agência Brasil


O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, reabriu a sessão de julgamento de Dilma Rousseff por volta das 9h40 desta sexta-feira, 26. Nesta fase, serão ouvidas as seis testemunhas da defesa. A primeira a depor deve ser o economista Luiz Gonzaga Belluzzo.

Após a reabertura da sessão, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu que o depoimento da testemunha de acusação o ex-auditor federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União Antonio Carlos Costa D’Ávila Carvalho seja desqualificado para informante.

Gleisi também afirmou que o auditor teria confessado que ajudou o procurador do MP junto ao TCU Júlio Marcelo a redigir a representação pela rejeição das contas de Dilma Rousseff.
 
Acusação

Hoje, senadores favoráveis ao impeachment vão tentar impugnar as testemunhas da defesa usando os mesmos argumentos do advogado José Eduardo Cardozo. Ontem, após um pedido de impugnação do depoimento de Oliveira, o ministro Ricardo Lewandowski decidiu ouví-lo apenas como informante e não mais como testemunha.

O procurador do Ministério Público no Tribunal de Contas, Júlio Marcelo de Oliveira, saiu da condição de testemunha após ter admitido que usou uma rede social para se manifestar a favor da reprovação das contas da petista. A estratégia da acusação, portanto, é apresentar questões com os mesmos argumentos para tentar que alguns nomes da defesa sejam rejeitados.

No caso de Belluzzo, senadores favoráveis ao impeachment têm menos expectativa de que a questão seja acatada por Lewandowski. O economista foi o autor de um manifesto encaminhado ao STF pedindo o arquivamento do processo contra Dilma. Mas, como é pessoa física, sem ligação com órgãos públicos, a situação de Belluzzo é diferente do procurador ligado ao MP.  O mesmo ocorre em relação ao advogado Ricardo Lodi, amparado pelo código da Ordem dos Advogados do Brasil.

A maior aposta dos aliados de Temer será no pedido direcionado a Esther Dweck que, segundo o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), está vinculada ao gabinete da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). "Ela não tem a menor condição de depor. É servidora do gabinete e está sob total subordinação à senadora", afirmou.

Dilma                   

Acompanhada de 20 convidados, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma irá pessoalmente ao Senado na segunda-feira (29) para se defender das acusações de crime de responsabilidade. A petista também responderá a perguntas dos parlamentares. A lista de inscrições para questioná-la foi aberta hoje às 9h.
 
Da Agência Brasil                            
 

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