O padre José Irineu da Silva, condenado a oito de prisão em regime fechado por abusado sexualmente um menino de 10 anos na localidade de Arapuá, em Ipanguaçu, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) numa tentativa de reverter a sentença.
A decisão condenando-o foi assinada pelo juiz Marivaldo Dantas de Araújo, da Comarca de Ipanguaçu, no dia 12 de abril deste ano.
Na mesma decisão o magistrado não decretou a prisão do padre. Permitiu que ele recorresse da decisão em liberdade.
Esta decisão condenatória, inédita no Rio Grande do Norte, aconteceu cinco anos depois do crime, que aconteceu dentro da Sacristia da Capela de São José Operário, da localidade de Arapuá, zona rural de Ipanguaçu. Fica nas margens da RN 118.
A Arquidiocese de Natal afastou o padre desde o início do processo, em abril de 2016, e providenciou abertura de um procedimento que pode resultar na perda do ministério.
O fato foi notícia no G1RN.
Eis um trecho da reportagem.
“Consta nos autos do processo que no dia 28 de abril de 2011, após ouvir o garoto em confissão, o padre pediu para que ele se ajoelhasse de costas, depois o colocou no colo e em seguida pediu que o garoto ficasse em pé. O padre então, segundo o processo, baixou a roupa do menino, tocou a genitália e os testículos dele, passou a mão nas nádegas do menino e lhe deu um beijo.
"Neste contexto fático, após a prática de tais atos libidinosos, pediu que o vulnerável não contasse o ocorrido a ninguém", diz o processo.
A criança, no entanto, saiu assustada do confessionário e contou o ocorrido para a mãe. Os pais do menino procuraram imediatamente o padre que chegou a propor pagar um psicólogo para a criança para que a história não se tornasse pública. Uma testemunha afirmou que ouviu o padre dizer que "a carne era fraca".
O abuso sofrido pelo menino aconteceu horas antes de uma cerimônia de 1ª Eucaristia de um grupo de cerca de 20 crianças que seria celebrada pelo mesmo padre acusado do estupro”.