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POLÍTICA
Da redação
04/09/2016 15:01
Atualizado
13/12/2018 00:40

Prefeito cobra do governador Robinson Faria mais investimentos para a saúde de Mossoró

Francisco José Júnior revelou que dívida do Governo com Mossoró é de aproximadamente R$ 18 milhões. Gestor ainda destacou que cidade recebe recursos para atender 280 mil pessoas, mas acaba atendendo 1 milhão.
Reprodução/Facebook.
O prefeito e candidato à reeleição, Francisco José Júnior, cobrou do governador Robinson Faria mais investimentos para a saúde de Mossoró, uma vez que a gestão estadual acumula atualmente uma dívida de aproximadamente R$ 18 milhões com o município, nesse setor.

Segundo o gestor mossoroense, a cidade espera de Robinson o tratamento que ele prometeu durante a campanha de 2014. A cobrança pública foi feita durante transmissão Ao Vivo pelo Facebook no final da tarde deste domingo, 4. Francisco decidiu expor a situação após uma transmissão feita por sua esposa, Amélia Ciarlini, que, emocionada, revelou estar decepcionada com o governador quanto ao seu apoio à gestão municipal no tocante à saúde.

“Foi um desabafo de Amélia, para externar sua indignação em relação a uma causa muito nobre, que é a saúde. Como toda mulher e seu instinto protetor, ela usou de sua emoção para dizer queria conversar com o governador, para falar sobre Mossoró, saúde, e me apoiar, já que há muito tempo eu e o povo de Mossoró vem tentando esse apoio, que não chegou ainda como deveria ter chegado à nossa cidade”, frisou Francisco José Júnior.

O gestor ainda destacou que Mossoró recebe recursos para atender 280 mil pessoas, mas acaba prestando atendimento para cerca de 1 milhão, o que compromete a qualidade do serviço oferecido.  “Constitucionalmente, nossa obrigação é investir 15% em saúde. A média brasileira é 22%. Nós investimentos 32%, se fosse somente para os mossoroenses teríamos qualidade no atendimento. A gente vem pagando essa conta sozinho, há muito tempo”, lamentou o prefeito.

Francisco José Júnior também relembrou as dificuldades que enfrentou em 2015, no auge da crise econômica, quando teve que optar entre pagar os servidores terceirizados e as cooperativas médicas e outros serviços de saúde. “Me doeu, mas tive que tomar uma decisão, que foi priorizar a saúde. Naquele momento a gente cobrou a dívida da gestão estadual, que já vem desde o governo de Rosalba, que não teve atenção com a saúde mossoroense quando foi governadora”, criticou.

O prefeito explicou ainda que a dívida do Governo refere-se a serviços como a Farmácia Básica, SAMU, UPAs, entre outros.  “Fizemos uma aposta na questão do governador, do qual tenho respeito, amizade, que não é de hoje, o acompanho há mais de 12 anos. Aguardávamos que esse apoio seria a altura do apoio que Mossoró deu (a Robinson na campanha de 2014). Eu sei das dificuldades, sei também que ele herdou muitas dívidas, mas governar é eleger prioridades, e a segunda maior cidade do estado tem que ser prioridade, porque não atende só Mossoró, e sim mais de 60 municípios”, comentou.

Por fim, Francisco José Júnior afirmou que mesmo diante das dificuldades não tem baixado a cabeça e continua trabalhando para melhorar a saúde em Mossoró, citando exemplos de avanços alcançados em sua gestão, como a reestruturação do PAM do Bom Jardim, abertura da UPA do Belo Horizonte, ampliação do número de médicos em todas as UPAs, abertura do CAPS AD 24 horas, entre outros.

“Queríamos ter feito mais, mas não tivemos nem recursos, nem tempo. Por isso o clamor de Amélia, que tentou ajudar sua cidade, que viu a falta de remédios nos postos de saúde, para que o Governo de Estado pague sua dívida que supera R$ 18 milhões. Com esse dinheiro, iríamos equipar os postos de saúde, fazer outros investimentos. Prefiro acreditar que o governador não tenha recebido essa mensagem de Amélia. Por isso aguardaremos uma posição de Robinson Faria, já que foi com o nosso apoio e com o apoio do povo de Mossoró que ele se elegeu, segundo palavras do próprio governador”, pontou o prefeito, acrescentando:

“Mossoró o ajudou muito politicamente, e nesse momento difícil esperávamos mais apoio, mas já sobrevivemos ao esquecimento uma vez, e se depender de mim, se for abandonado mais uma vez, irei sobreviver, de cabeça erguida. Com coragem, força, fé, não tememos nenhuma dificuldade”, concluiu.
 
 
 

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