29 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:14
POLÍTICA
Da redação
08/09/2016 10:54
Atualizado
13/12/2018 11:57

Rosalba culpa Dilma por desaprovação recorde no Governo do Estado

Discurso da candidata é contraditório, uma vez que por inúmeras vezes a ex-governadora elogiou a parceria e o apoio recebido pela ex-presidente
Josemário Alves/MH
Pela primeira vez no pleito municipal, a candidata do PP à Prefeitura de Mossoró, Rosalba Ciarlini, falou sobre sua passagem pelo Governo do Estado. O discurso de Rosalba, no entanto, soou contraditório, uma vez que ela atribuiu sua reprovação recorde à frente da administração estadual ao que ela considera como “falta de apoio” do Governo Federal.

A fala de Rosalba vai de encontro ao que a ex-governadora sempre defendeu: a parceria com a ex-presidente Dilma Rousseff. Mesmo em partidos opostos, Rosalba e Dilma mantiveram um bom relacionamento, tanto político quanto administrativo.

Em junho de 2013, por exemplo, durante entrevista ao Jornal da Cidade, na rádio 94 FM, Rosalba rasgou elogios à Dilma. “Realmente eu digo, com toda a honestidade: eu tenho, como governadora, não somente o dever, mas também o direito, de poder colocar as minhas opiniões e com relação ao governo da presidenta Dilma ela tem sido realmente uma grande parceira, tem ajudado o nosso Estado e eu não posso chegar e dizer diferente. Essa é a realidade, essa é a verdade e eu vou bater nas portas do governo federal quantas e quantas vezes forem necessárias. É um direito do RN e um dever da governadora”, disse.

Hoje, Rosalba mudou sua posição em relação à ex-presidente. Em vídeo “desabafo” postado nas redes sociais, a candidata à Prefeitura de Mossoró diz que foi prejudicada, no Governo do Estado, porque o Estado não tinha recursos e “nem teve a parceria que sempre teve do Governo Federal por essas coisas erradas da cultura política, que basta ser um governante de oposição para não receber os recursos de convênios”.

No entanto, no mesmo vídeo Rosalba cita obras e serviços implantados no RN durante a sua gestão que só foram viabilizados graças ao apoio do Governo Federal, como, por exemplo, o início da construção da Barragem de Oiticica e o aumento da frota de ônibus escolares, financiado pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“Tentei fazer com o RN o mesmo que fiz com Mossoró e que deu tão certo, mas ser governador de oposição ao Governo Federal significava que recursos essenciais demorassem a chegar ou mesmo não fossem repassados. Fiz mais com menos, mesmo tomando medidas que consideravam impopulares. Minha meta não era ser popular”, comentou Rosalba no vídeo publicada em sua página no Facebook, acrescentando ainda:

“Devolvi a saúde financeira ao Estado, mas sentia que o Governo Federal não me abria muito as portas. Não tivemos recursos nem condições políticas para fazermos tudo que sonhávamos, mas valeu a pena. Senti na pele como o jogo político pode ser perverso”, concluiu.

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