04 MAI 2024 | ATUALIZADO 10:43
VARIEDADES
Da redação
13/09/2016 04:12
Atualizado
13/12/2018 09:54

"Setembro Verde": campanha incentiva doação de órgãos no RN

Rio Grande do Norte realizou, até julho, 126 cirurgias através da doação de órgãos. O MPRN é um dos que estão participando da campanha.
Reprodução/MPRN
No dia 27 de setembro comemora-se o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Buscando incentivar a prática, o Ministério Público do Rio Grande do Norte é um dos órgãos que resolveram aderir à campanha "Setembro Verde". 

Os membros e servidores do MPRN que trabalham na sede ou em prédios anexos próximos terão a oportunidade de se manifestarem como doadores de órgãos. A Instituição, em parceria com o Instituto do Bem, vai disponibilizar um estande para a confecção de carteira de doador. A atividade é alusiva ao "Setembro Verde". 
 
Até julho deste ano, no Rio Grande do Norte, de acordo com dados da Central de Transplante do Estado, graças às doações de órgãos, foram realizadas 61 cirurgias de transplante de córnea, 32 de médula óssea e 33 de rins (sendo 27 a partir de doador falecido e seis de doador intervivo).
 
Enquanto isso, aguardam numa fila de espera para cirurgia de transplante de córnea (142 pessoas), para o transplante de rins (155 pessoas) e para o de medula óssea (35 pessoas). Para os casos de necessidade de transplante de coração e fígado, o paciente é encaminhado para outro estado, mais próximo e/ou de acordo com a demanda (fila menor de espera, por exemplo). 
 
"Fico muito emocionada ao ver principalmente crianças tendo uma vida com mais esperança e qualidade após um transplante. É como se a pessoa não morresse totalmente, no caso doador e ainda devolvesse a alegria de viver para muitas pessoas, pois isso atinge não só quem recebe o órgão transplantado, mas todos que estão envolvidos no processo", contou Ana Maria Nascimento de Medeiros, 56 anos, revelando que todos os filhos sabem de seu desejo de ser doadora de órgãos após a morte. Uma de suas fillhas é a servidora do MPRN, Ana Ivelina Nascimento de Medeiros Alencar.
 
Ana Maria, no entanto, está prestes a entrar na espera para receber um novo rim. "Há pouco menos de um mês, a assistente social da clínica onde faço hemodiálise me informou que eu iria entrar na fila do transplante, uma vez que meus rins não funcionam mais", revelou. 
 
A servidora do MPRN disse que a família tem muita esperança de que o transplante possa trazer uma vida muito melhor para a mãe. "É sofrível a vida de quem precisa de hemodiálise durante quatro horas, três vezes na semana. Você fica preso àquela rotina, sendo difícil ter uma vida normal. Também estamos bastante apreensivos com o transplante em si. Temos medo das consequências negativas, uma vez que é uma cirurgia de alto risco e o coração dela está bastante frágil", comentou. 
 
Como esse tipo de transplante pode ser realizado com o doador vivo, Ana Ivelina contou que todos os filhos estão dispostos a fazer o teste de compatibilidade antes de partir para uma campanha em busca de um doador. "É o mínimo que podemos fazer para quem amamos e quem dedicou toda a sua vida em prol da família. Mas sei é uma decisão muito difícil doarmos nossos órgãos em vida, é um ato de muita coragem e exige muita responsabilidade também. Mas você saber que melhorará radicalmente para melhor a vida de alguém, é algo que não tem preço", afirmou. 
 
Caminhada

A Central de Transplantes do Estado marcou uma caminhada para o dia 24 de setembro, com concentração prevista para às  7h15 em frente ao Instituto Técnico Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e saída às 8h15 em direção ao Parque das Dunas. No local, precisamente na concha acústica, terão apresentações musicais e testemunhos de transplantados ou de familiares que consentiram a doação de órgãos de um parente, entre outras atividades. 

Com informações MPRN

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