18 MAI 2024 | ATUALIZADO 13:39
ECONOMIA
Por Valéria Lima
17/09/2016 03:26
Atualizado
13/12/2018 03:28

Mesmo com a seca, produtores de melão estão otimistas para safra

Luiz Barcelos, diretor do COEX/RN, destaca perspectiva de geração de emprego em Mossoró e região, além dos bons resultados obtidos pelo setor de fruticultura
Assecom/RN
"Apesar da crise hídrica as expectativas estão muito boas". A afirmação é de Luiz Roberto Barcelos, diretor do Comitê Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte (COEX/RN), e também diretor de uma das maiores produtoras no ramo da fruticultura potiguar.

Pelo quinto ano consecutivo, a crise hídrica assola o Rio Grande do Norte, o que vem causando grandes danos à economia potiguar. Mesmo assim, a partir de resultados preliminares da safra do melão, iniciada no final de agosto deste ano, os produtores da fruticultura irrigada estão otimistas para uma boa colheita.

De acordo com Luiz Barcelos, o Rio Grande do Norte exporta por ano algo em torno de 250 mil toneladas de melões e melancias, fazendo dessas frutas as mais exportadas do Brasil.

“90% dessa produção vai para a comunidade europeia, especialmente Inglaterra, Holanda e Espanha. Essas exportações representam 60% da produção. 40% são destinados ao mercado brasileiro.", aponta o diretor.

Luiz Barcelos destaca que os resultados obtidos ainda nas primeiras semanas da safra fazem acreditar que o decorrer dela será bom e não será prejudicada pela estiagem prolongada.

"Apesar da crise hídrica as expectativas estão muito boas. Nas primeiras três semanas de safra de exportação a região embarcou quase 25% a mais do que no mesmo período do que no ano passado", relatou Luiz, otimista.

A fruticultura de Mossoró e do RN em geral é conhecida nacionalmente e mundialmente, e é um dos mercados mais promissores.

“Para a cidade de Mossoró e toda a região o benefício socioeconômico é imenso. Só de folha de pagamento são injetados na economia local mais de 20 milhões de reais por mês, já que o salário médio gira em torno de mil reais, aplicados sobre 20 mil trabalhadores. Isso sem contar com os empregos indiretos”, destacou Barcelos.

“O melão e a melancia geram quase uma pessoa de emprego por hectare. Plantamos cerca de 22 mil hectares na região, o que significa 20 mil empregos direto”, enfatiza Luiz.
Por conta da diversificação de produtores como banana e mamão nos últimos anos, a geração de emprego deve aumentar. É o que constata Luiz Barcelos.

Segundo ele, só para se ter ideia as frutas representam quase um terço das exportações totais do Rio Grande do Norte.

“Isso significa uma proporção de 100 vezes mais se comparado com as exportações de furtas em relação as exportações de todo o Brasil”, comemora.

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