O prefeito Francisco José Júnior explicou, durante entrevista ao programa Cenário Político, os motivos que o levaram a não oficializar ainda sua desistência à reeleição na Justiça. Segundo o gestor, os recursos impetrados por sua Coligação contra a ex-governadora Rosalba Ciarlini perderiam legitimidade se a renúncia da candidatura for formalizada antes do julgamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
“Não protocolei ainda em virtude de ações que estão tramitando na Justiça, que deixariam de ter legitimidade. Quero dizer que não sou mais candidato, mas vão vou ficar calado. A minha voz vai ser sempre em favor da cidade, combatente às oligarquias. Retiro a minha candidatura, mas não desisto de Mossoró. A história vai mostrar que esse ato de coragem foi fundamental para Mossoró seguir em frente, é inadmissível voltar ao passado. Não podemos deixar isso acontecer”, pontuou o prefeito.
Ainda na entrevista, Francisco José Júnior voltou a afirmar que a sua candidatura estava beneficiando o projeto da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP). “Nunca irei desistir de Mossoró. Era preciso esse ato para a cidade seguir em frente. Retiramos a candidatura porque ela estava dividindo as opiniões, favorecendo às oligarquias”, enfatizou.
Durante a conversa com os jornalistas Marcelo Benévolo e Carol Ribeiro, o prefeito também citou investimentos em saúde, segurança, educação, infraestrutura, mobilidade urbana, elencando ações como a abertura da UPA do Belo Horizonte, do CAPS AD 24 horas, Parque Municipal, melhorias no sistema de transporte coletivo, contratação de quase 800 servidores, sendo a metade professores, investimentos na Guarda Municipal, entre outros pontos. O gestor ainda criticou a falta de apoio recebida pela gestão municipal durante o período em que Rosalba foi governadora do Rio Grande do Norte.
“Não tivemos nenhuma parceria na época de Rosalba. Pelo contrário, questões como o plus da oncologia, a reforma do Nogueirão e do o Teatro Lauro Monte Filho, que ela poderia ter resolvido, não resolveu, além de ter deixado uma dívida milionária na saúde. Não tivemos o apoio e naquele momento não tinha crise. Na gestão de Robinson, conseguimos destravar a questão dos viadutos, destravar o Aeroporto, que está passando por melhorias, poderia ser ainda melhor ainda a parceria se não fosse a crise”, comentou Francisco.
O prefeito também lamentou os ataques que sofreu ao longo da campanha e da gestão. “Repudio todo tipo de ataque, às velhas práticas de fazer política, como fazer montagens, vídeos, infiltrar pessoas para fazer espionagens. Tivemos a gestão mais curta de todas, mais desafiadora, mais atacada, caluniada por grande parte da mídia, e herdarmos dívidas em torno de R$ 50 milhões. Não tivemos tempo de resolver todos os problemas, mas fizemos um trabalho que ficará para as futuras gerações mossoroenses”, concluiu.