Hoje mais um julgamento no Forum Desembargador Silveira Martins, em Mossoró, onde o réu é julgado pelo Tribunal do Júri Popular por um crime absurdamente banal.
O servente de pedreiro Pedro Ramires Rodrigues Pereira, de 22 anos, residente no Abolição, será julgado por ter tentado matar o estudante Erick Douglas Araújo de Carvalho, de 21 anos.
Motivo: briga entre torcidas do Potiguar e do Baraúnas.
A tentativa de homicídio aconteceu no dia 7 de junho de 2014, por volta das 22h, ao lado da Estação das Artes Eliseu Ventania, no Centro de Mossoró.
Fotos: O Câmera
Na ocasião, está sendo aberto os festejos juninos de 2014 pela Prefeitura Municipal de Mossoró, realizando o “Pingo da Mei Dia”. O evento já estava no final.
A testemunha Kaedson Kairo de Oliveira Fernandes contou na Polícia que houve uma breve discussão entre os dois e Pedro Ramires sacou o revólver e efetuou cinco tiros.
Dos cinco tiros, três acertaram o estudante Erick Douglas, que foi socorrido para o Hospital Regional Tarcísio Maia. Pedro Ramires tentou fugir, mas foi preso pela Polícia Militar.
O promotor de Justiça Italo Moreira Martins, que é o autor da denúncia contra Pedro Ramires, fez constar no documento que Erick Douglas também estava armado quando foi atacado.
No dia do crime, a mídia divulgou que Erick Douglas teria tentado atirar em Pedro Ramires e não conseguido, pois faltavam duas balas no tambor da arma, o que teria provocado o efeito "bateu" catolé.
O julgamento deve começar de 8h, com o juiz presidente do Tribunal do Júri Popular, Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros fazendo o sorteio dos sete jurados.
Em seguida, vítima, testemunhas e réu devem ser interrogados no plenário, caso assim aceitem, e, assim, ajudar ao Conselho de Sentença a compreender melhor o caso.
Concluído as oitivas, o promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro defenderá em plenário a tese de acusação. Ele terá 90 minutos. O mesmo tempo para os advogados Antônio Clívis Vieira e Edilson Gonzaga da Silva Junior fazer uma exposição da tese de defesa.
Ameaças
Os grupos que os dois fazem parte, conforme consta no processo, continuam se ameaçando entre si e exigindo armas através das rede sociais, principalmente o Facebook, mesmo depois que a polícia prendeu um e o outro foi hospitalizado correndo risco de morte. As promessas são de vingança.