02 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:28
ECONOMIA
Da redação
06/10/2016 14:42
Atualizado
13/12/2018 07:01

Sindipetro/RN relata preocupação com abertura do pré-sal para exploração estrangeira

Secretário-geral do Sindicato, Pedro Lúcio, conversou com a equipe do Mossoró Hoje: “O povo brasileiro vai deixar de explorar a maior riqueza que temos”.
Bruno Martins
“A aprovação do Congresso em ceder a exploração do pré-Sal brasileiro para multinacionais representa um retrocesso para o Brasil”. A afirmação é do secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro-RN), Pedro Lúcio, ao MOSSORÓ HOJE.

A decisão foi tomada pela Câmara Federal na noite desta quarta-feira (06), e muda completamente o modelo de partilha do pré-sal. Essa mudança está dentro do projeto de lei elaborado pelo senador José Serra.

“Para os estrangeiros essa exploração é excelente, vai atender os interesses deles. Mas, o povo brasileiro vai deixar de explorar a maior riqueza que temos”, diz Pedro Lúcio.
Segundo o Sindipetro, o projeto aprovado na Câmara trará prejuízos para a população, como desemprego, economia fraca, e ainda afetará a saúde e a educação, com a diminuição de royalties para esses setores.

O Sindicato também destaca que a medida dificulta o desenvolvimento do parque industrial nacional, responsável pela manutenção de serviços de indústrias navais, metalúrgicas entre outras.

 “Não era mais barato ser adquirido aqui no Brasil esses equipamentos, mas a Petrobras pensou na parte social. As empresas que aqui chegarem não terão essa preocupação com os brasileiros que nós temos”, frisa o secretário.

De imediato, a medida muda pouco o cenário de investimento do RN. “Visto por setor não teremos muita mudança, mas temos que ver que estamos inseridos e fazemos parte do contexto nacional e sendo assim somos também afetados” destaca.

Além disso, o RN tem mão de obra atuante no pré-sal, então na visão do Sindipetro o desemprego afetará diretamente a economia do Estado. “Os trabalhadores vão retornar desempregados, então é menos dinheiro circulando no Rio Grande do Norte, sofreremos o impacto financeiro diretamente”, conclui Pedro Lúcio.
 

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