14 MAI 2024 | ATUALIZADO 14:32
POLÍTICA
Da redação
10/10/2016 07:46
Atualizado
13/12/2018 15:11

“Rosalba era o nome que eu desejaria que o PSD apoiasse em Mossoró”, revela governador

Ao declarar apoio à prefeita eleita, Robinson Faria põe fim, em definitivo, ao distanciamento iniciado em 2011, ainda no primeiro ano da administração da mossoroense à frente do Governo Estadual.
Cezar Alves/MH
O governador Robinson Faria falou pela primeira vez sobre o processo eleitoral em Mossoró. Durante entrevista concedida ao jornalista Diógenes Dantas, o chefe do Executivo estadual revelou que o nome de sua preferência no segundo maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte era o da prefeita eleita pelo PP, Rosalba Ciarlini.

“Se eu tivesse ido a Mossoró, disse isso a vários amigos, seria para apoiar Rosalba, era o nome que eu desejaria que o PSD apoiasse. Telefonei para o seu marido antes da eleição, várias vezes. É lógico que eu não fui, não fiz comícios, nem tô (sic) falando isso só porque ela venceu, tenho dezenas de testemunhas, que me procuraram, perguntaram qual era o meu interesse na eleição, mas o PSD não me escutou, me deixou até numa posição embaraçosa de eu ir lá contra o meu partido”, afirmou o governador.

Confira entrevista completa de Robinson:


Ao declarar apoio à Rosalba, Robinson põe fim, em definitivo, ao distanciamento iniciado em 2011, ainda no primeiro ano da administração da mossoroense à frente do Governo Estadual.

Na época, Robinson, então vice-governador, rompeu com Rosalba alegando ter sido "humilhado, usado e descartado", sobretudo por quem ele disse ser "o casal que comanda o Estado", referindo à Rosalba e o seu marido, Carlos Augusto.

"Quando eu deixei a interinidade do Executivo, a governadora Rosalba Ciarlini foi procurada pelo secretário chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, para me renomear à frente da Semarh, ela respondeu que fosse falar com Carlos Augusto", externou Robinson em 21 de outubro de 2011, quando anunciou o rompimento com a ex-governadora.

Nos anos seguintes, Robinson continuou a direcionar críticas à Rosalba e sua gestão. “Um governo sem saúde, educação, Programa do Leite e falência do produtor rural e do turismo. Para mim o governo está perdido, não tem projeto, não tem diálogo”, chegou a afirmar, em 2012, o hoje governador.
 
Francisco José Júnior

Sobre o prefeito Francisco José Júnior, Robinson criticou a decisão do gestor mossoroense de continuar candidato. “Eu disse a ele aqui que o nome dele não tinha viabilidade para reeleição, que ele pensasse, tivesse humildade, as pesquisas mostravam que ele não tinha nenhuma chance de reeleição, e depois ele desapareceu, lançou-se candidato sem conversar comigo, botou o bloco na rua, e eu fiquei aguardando os acontecimentos”, disse.

Robinson também relembrou o episódio envolvendo a primeira-dama de Mossoró, Amélia Ciarlini, que utilizou as redes sociais para fazer cobranças políticas e administrativas ao governador, principalmente em relação à saúde municipal.

“Ele (o prefeito) foi para a rede social, com a primeira-dama de Mossoró, querer questionar o governador, eu não gostei, não respondi e nem irei responder. Querer questionar e cobrar do governador uma conta que não era minha. Ele era para ter tido a sensibilidade de saber que não era o seu momento, ter vindo dialogar: governador, qual o nosso caminho em Mossoró? Vamos ser parceiros de quem?”, comentou.

O governador também afirmou que Francisco José Júnior apoiou a candidatura do empresário Tião Couto. “Tomou uma posição em Mossoró sem me consultar, ele apoiou o candidato Tião, levou o PSD sem consultar o governador. Não tenho motivos de ir a Mossoró”, concluiu.
 

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