17 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:16
MOSSORÓ
Maricelio Almeida
12/10/2016 14:35
Atualizado
12/12/2018 10:56

Grupo se reúne em Mossoró para protestar contra PEC que limita gastos públicos

Estudantes, representantes de movimentos sociais e servidores públicos se reuniram na Praça do Teatro Dix-huit Rosado no início da tarde desta quarta, 12
Maricelio Almeida

Um grupo formado por estudantes, representantes de movimentos sociais e servidores públicos se reuniu na Praça do Teatro Dix-huit Rosado, no início da tarde desta quarta, 12, em protesto contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que limita, por 20 anos, os gastos do Governo Federal. A equipe do MOSSORÓ HOJE foi ao local e conversou com alguns participantes da mobilização.

O professor Esdras Marchezan, chefe do Departamento de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Decom/Uern), foi um dos presentes. Ele criticou a medida adotada pelo governo do presidente Michel Temer.

“Muitas pessoas ainda não conhecem bem essa medida, estão achando que todo esse alarde que está sendo feito é exagero, mas essas pessoas estão tremendamente enganadas. A PEC visa congelar os investimentos do Governo em áreas importantes, como saúde, educação, por 20 anos. Durante esse tempo teremos o país praticamente parado, se não formos para as ruas, como em junho de 2013, iremos amargar um período bem tenebroso”, destacou.

Esdras lamentou, no entanto, o pequeno número de pessoas presentes na movimentação. “O triste é perceber que muito da revolta ainda fica preso na rede social, as pessoas não estão se juntando e criando movimentos para que se possa fazer pressão no Governo, e assim ele entenda que precisa recuar em algumas decisões”, acrescentou.

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O servidor público Danillo Lima também é contrário à PEC 241. Ele explica o porquê: “A Proposta afeta não só o estudante, o funcionário público, mas o cidadão brasileiro, principalmente os que mais precisam”, afirmou o jovem, defendendo que a medida que limita os gastos pode sim ser revertida, caso haja pressão popular.

“Temer já mostrou que ele tem esse perfil mais acovardado. Dependendo do apelo popular, ele não leva à frente suas propostas. Se a população conseguir se organizar, civilmente, de forma a ocupar as ruas, e o presidente sentir a pressão, ele recua. A PEC 241 é falaciosa. Ela diz que nós precisamos reduzir gastos com educação, saúde, os gastos primários, mas se a gente pegar o gráfico de 2013 a 2013, em 10 anos o Brasil praticou superávit primário, ou seja, gastou menos do que deveria com esses setores”, pontua Danillo.

A Associação dos Docentes da Uern (Aduern) também esteve presente na manifestação, por meio do seu vice-presidente, o professor Gautier Falconieri. “Estamos atendendo um chamado da sociedade, da juventude, lutando contra esse governo golpista do Michel Temer. O objetivo número 1 desse movimento é protestar contra a PEC, que ataca os trabalhadores, congelando salários, prejudicando investimentos em saúde, educação”, concluiu.

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