03 MAI 2024 | ATUALIZADO 17:32
POLÍCIA
Da redação
07/11/2016 04:54
Atualizado
13/12/2018 08:09

Candidatos pagavam até R$ 180 mil por gabarito do Enem, diz PF

Quadrilha que fraudava Enem foi alvo de operação da PF em MG, CE e BA. Candidatos usavam ponto e central telefônica para receber as respostas.
Cedida/Polícia Federal
A Polícia Federal descobriu que candidatos chegaram a pagar entre R$ 150 mil a R$ 180 mil por um gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ocorrido neste fim de semana. 

A operação Embuste foi realizada realizada em Minas Gerais, Bahia e Ceará para combater fraudes no exame. 

A tecnologia usada pelo grupo criminoso responsável pela fraude possibilitava que o resultado chegasse a qualquer lugar do país e permitia ainda a comunicação entre quem repassava as respostas e quem as recebia. 

Vinte e oito mandados foram expedidos pela Justiça, quatro de prisão temporária. Até à noite de ontem dez prisões foram confirmadas, uma delas no Ceará, onde um secretário de saúde foi preso com escutas coladas ao corpo. 

“Pela primeira vez constatamos o retorno de áudio por parte do candidato. A maneira que ele usava para demonstrar ao interlocutor que compreendia ou não o gabarito era por intermédio de tosse. Se tossia uma vez ele havia compreendido, se tossia duas vezes, o interlocutor repetia o gabarito”, disse o delegado Marcelo Freitas.

Escutas autorizadas pela Justiça mostram que antes do exame era feito um teste para verificar se o candidato conseguia escutar a voz de quem iria repassar as respostas para ele. Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos vários equipamentos usados na fraude.

As investigações duraram 15 dias e demonstraram que o foco do grupo era voltado para os candidatos que queriam entrar em faculdades de Medicina públicas e particulares. Mas a organização demonstrava interesse em atuar também em concursos públicos.

Com informações G1

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