A Polícia Federal descobriu que candidatos chegaram a pagar entre R$ 150 mil a R$ 180 mil por um gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ocorrido neste fim de semana.
A operação Embuste foi realizada realizada em Minas Gerais, Bahia e Ceará para combater fraudes no exame.
A tecnologia usada pelo grupo criminoso responsável pela fraude possibilitava que o resultado chegasse a qualquer lugar do país e permitia ainda a comunicação entre quem repassava as respostas e quem as recebia.
Vinte e oito mandados foram expedidos pela Justiça, quatro de prisão temporária.
Até à noite de ontem dez prisões foram confirmadas, uma delas no Ceará, onde um secretário de saúde foi preso com escutas coladas ao corpo.
“Pela primeira vez constatamos o retorno de áudio por parte do candidato. A maneira que ele usava para demonstrar ao interlocutor que compreendia ou não o gabarito era por intermédio de tosse. Se tossia uma vez ele havia compreendido, se tossia duas vezes, o interlocutor repetia o gabarito”, disse o delegado Marcelo Freitas.
Escutas autorizadas pela Justiça mostram que antes do exame era feito um teste para verificar se o candidato conseguia escutar a voz de quem iria repassar as respostas para ele. Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos vários equipamentos usados na fraude.
As investigações duraram 15 dias e demonstraram que o foco do grupo era voltado para os candidatos que queriam entrar em faculdades de Medicina públicas e particulares. Mas a organização demonstrava interesse em atuar também em concursos públicos.
Com informações G1