Não é mais novidade que a crise econômica afetou todos os setores do país. Em Mossoró, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) vive um momento complicado por conta da falta de recursos para pagamentos de profissionais.
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Recentemente, a unidade, referência na região para atendimento a crianças com deficiências, ficou sem fisioterapeuta. Alguns assistidos tiveram que deixar a unidade pela falta do profissional. Por sorte, a vaga foi ocupada por estudantes e uma professora e outra profissional, que atuam de forma voluntária.
De acordo com a diretora da APAE, Janaína Carla Alves, mesmo com a reposição desses dois profissionais a Associação vive dias complicados para atender toda a demanda.
“Infelizmente esses profissionais não conseguiram atender a demanda, por isso a gente perdeu muitas crianças. Perdemos também uma fonoaudióloga, ela também acabou saindo da instituição, pela situação financeira muita gente não conseguindo se manter aqui infelizmente”, lamentou a diretora.
Atualmente, a Associação conta com uma média de 140 a 150 assistidos, sendo crianças, adolescentes, e alguns casos, adultos. Além de Mossoró, a unidade chega a atender moradores de cidades como Icapuí, no Ceará, Apodi, Tibau e Patu, na região do Alto Oeste potiguar.
Em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, Janaína revela que hoje a Associação sobrevive graças a doações da sociedade mossoroense. “Hoje a Apae está funcionando graças à sociedade de Mossoró. A gente sabe da situação financeira do país todo, e Mossoró não é diferente, então isso respinga na gente. Nós estamos numa situação muito difícil”, frisou Janaína.
A Apae conta com cerca de 30 profissionais de variadas áreas como Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, e Assistência Social. As atividades são desenvolvidas de segunda-feira a quinta-feira pela manhã e tarde. O cancelamento das atividades na sexta-feira já é resultado da crise que afeta a unidade.
“Nesse ano, a gente praticamente não teve ajuda dos órgãos públicos, só mesmo da sociedade. Hoje os profissionais que estão aqui na Apae não é nem pela questão financeira, e sim pela Apae, é pelos meninos, é para não deixar eles na mão”, conclui a diretora na esperança de dias melhores para a instituição.