29 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:14
POLÍTICA
Da redação
10/12/2016 07:52
Atualizado
14/12/2018 05:05

José Agripino recebeu R$ 1 milhão da Odebrecht a pedido de Aécio Neves em 2014, diz delator

Valor foi pago entre os dias 13 e 17 de outubro. Codinome do senador potiguar na planilha da empreiteira era “Gripado”. Confira detalhes do trecho da delação do executivo Marcelo Melo Filho
Diário do Centro do Mundo
Mais uma vez, a classe política do Rio Grande do Norte é citada em delação da operação Lava Jato. O ex-vice presidente da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, afirmou que o senador Aécio Neves pediu à empreiteira R$ 1 milhão para o senador potiguar José Agripino Maia.
                       
Segundo Melo Filho, o presidente nacional do PSDB pediu que a Odebrecht que desse R$ 1 milhão em ajuda financeira ao senador Agripino Maia (DEM-RN) como contrapartida por seu apoio na eleição presidencial de 2014.
 
Na delação (confira AQUI), o ex-vice-presidente destaca que sua relação profissional com o parlamentar potiguar teve início há cerca de 5 anos. Relata ainda que o senador sempre “se referiu a companhia com muita cordialidade, fazendo questão de mencionar a sua relação pessoal com Emílio Odebrecht”.
 
Marcelo revela também que, em 2014, se encontrou inicialmente com Agripino para apresentar a ele um estudo sobre a problemática da crise energética no Brasil, uma vez que o senador vinha sendo apontado como provável ministro e Minas e Energia caso Aécio Neves tivesse sido eleito presidente do Brasil.
 
Sobre o pagamento de R$ 1 milhão ao senador, Marcelo detalha: “Por ocasião ainda da campanha de 2014, a pedido de Marcelo Odebrecht, comuniquei ao Senador que a companhia iria fazer um pagamento a ele no valor de R$ 1.000.000,00. Destaco que o Senador José Agripino não era candidato a cargo eletivo nas eleições de 2014. Segundo me foi dito por Marcelo Odebrecht, esse valor teria sido solicitado a ele pelo Senador Aécio Neves como uma forma de apoio ao DEM, que era presidido à época pelo Senador José Agripino”.
 
O executivo acrescenta que entrou em contato com Agripino por celular e marcou encontro no gabinete do senador. “Este pagamento foi solicitado e aprovado por Marcelo Odebrecht e operacionalizado pela área de operações estruturadas. No sistema DROUSYS, os pagamentos constam identificados com o codinome ‘Gripado’ e vinculado as ‘MBO’ ‘evento 14 DP’ e foram realizados entre 13 e 17 de outubro de 2014, conforme indicação da planilha”, pontua.
 
Por fim, Marcelo Melo Filho apresenta trechos de e-mail que indicam o pagamento a “Gripado”. Cita ainda que o senador já havia recebido também contribuição financeira da empreiteira em 2010, com o codinome de “Pino”. O deputado federal Felipe Maia, filho de Agripino, também teria sido beneficiado em 2010, e seu codinome era “Pininho”. Veja:


 






















Agripino não é o primeiro potiguar a ser citado na delação. O ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, também foi alvo de acusação. 

Segundo o ex-vice presidente, Michel Temer e Henrique Alves, pediram propina à Odebrecht

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