05 MAI 2024 | ATUALIZADO 17:19
POLÍTICA
Da redação
12/12/2016 13:33
Atualizado
13/12/2018 05:04

Beto Rosado diz que desconhecia participação de tio em administração de posto

Durante um ano e quatro meses, deputado utilizou cerca de R$ 60 mil de verba indenizatória para abastecer veículos do seu escritório político em Mossoró no posto do tio
Agência Câmara
O deputado federal Beto Rosado (PP) emitiu nota à imprensa sobre reportagem publicada no site Congresso em Foco, revelando que o parlamentar utilizou R$ 58.885,36 do dinheiro público da verba indenizatória para abastecer veículos de seu escritório político no posto de combustíveis pertencente ao tio, localizado em Mossoró.
 
Na nota, Beto afirma que não sabia que o seu tio, Carlos Gerônimo Dix-sept Rosado Maia, possuía participação societária no posto Laser, uma vez que a administração do estabelecimento cabia ao empresário Carlos Gerônimo Dix-sept Rosado Maia Sobrinho, primo de Beto, “parente de quarto grau do deputado e isto não significa nenhum impedimento legal”, destaca trecho da nota.
 
Ainda conforme o comunicado à imprensa, o gabinete do parlamentar mossoroense proibiu o abastecimento tão logo soube que o tio de Beto era o real dono do posto. “Prova dessa recomendação é que desde o dia 6 de junho de 2016 (há mais de 6 meses), não houve mais nenhum abastecimento no referido estabelecimento”, diz.
 
Confira a nota na íntegra:
 
Sobre nota “Deputado abastece o carro em posto do tio”, do Congresso em Foco, que relata os abastecimentos de fev/2015, quando o deputado Beto Rosado tomou posse, até jun/2016, quando percebeu o erro e suspendeu a compra de combustível  no citado posto, é preciso esclarecer que:
 
1 – É público e de conhecimento de toda a cidade de Mossoró-RN que o posto Laser é administrado por Carlos Gerônimo Dix-sept Rosado Maia Segundo, que por sua vez é parente de quarto grau do deputado e isto não significa nenhum impedimento legal.
 
2 – O gabinete não tinha conhecimento de que o pai do proprietário e administrador do referido posto, Carlos Gerônimo Dix-sept Rosado Maia, possuía alguma participação societária.
 
3 – Ao tomar conhecimento que o tio detinha alguma participação na sociedade do posto que era, de fato, tocado por um parente de 4º grau, o deputado proibiu imediatamente qualquer abastecimento no posto Laser, como prevê o Ato da Mesa 43/2009 da Câmara dos Deputados, em seu artigo 4º, parágrafo 13. Prova dessa recomendação é que desde o dia 6 de junho de 2016 (há mais de 6 meses), não houve mais nenhum abastecimento no referido estabelecimento.
 
5 – Em nenhum momento houve má fé ou intenção de desobedecer às normas estabelecidas pela Câmara. Não houve também, em nenhum momento, nem indiretamente e tampouco diretamente, nenhuma vantagem obtida pelo gabinete ou pelo deputado neste episódio. Houve, de fato, a correção disto há mais de 6 meses.
 
6- Necessário ainda lembrar que a base política e de atuação do deputado é o interior, sobretudo, Mossoró, que não possui voos e apenas para o deputado ou assessores se deslocarem até lá e voltar ao aeroporto para o retorno à Brasília são necessários 1040 km rodados por semana, afora sua intensa e correta presença nas inúmeras outras cidades do estado, bem como de assessores, via terrestre, como deve ser a atuação de qualquer representante: presente nas cidades e não apenas em períodos eleitorais. Portanto, o valor pago com combustível é condizente com os quilômetros percorridos.
 
7 – Todas as atividades do gabinete do deputado buscam se desenvolver de forma transparente e legal, e assim continuará sendo”.
 

 

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