05 MAI 2024 | ATUALIZADO 10:43
ECONOMIA
Da redação
19/12/2016 14:28
Atualizado
14/12/2018 03:10

Rosalba vai provar do próprio veneno quando assumir a prefeitura de Mossoró

A falta de recursos hoje é consequência da falta de preparação no passado para Mossoró viver quando a Petrobras parasse de pagar royalties
Vinicius Luz
A prefeita diplomada nesta segunda-feira, 19, em Mossoró, Rosalba Ciarlini, vai provar do próprio veneno que plantou, junto com a ex-prefeita Fafá Rosado, em Mossoró, ao longo de seus cinco mandatos consecutivos e recheados de royalties e ISS da Petrobras. A Mossoró rica (foto) vai enfrentar as consequências da falta de visão de seus gestores por décadas.

E não está só. Municípios como Rio de Janeiro, Macau, Areia Branca, entre outros que produzem petróleo em terra ou em sua costa marítima, estão todos com sérias dificuldades financeiras, assim como Mossoró.
 
No caso de Mossoró, nos últimos 35 anos, a riqueza finita começou a ser explorada no final dos anos setenta, início dos anos oitenta. A bonança veio em 1998, com a Lei dos Royalties, nesta época a prefeita já era Rosalba Ciarlini.
 
Ao longo dos anos, os gestores de Mossoró passaram a tratar os royalties como uma fonte inesgotável de renda, sem se preocupar com o futuro do município de Mossoró. Um ato irresponsável principalmente da agora prefeita de novo Rosalba Ciarlini.
 
Drenaram os recursos dos royalties para obras e mais obras, muitas delas desnecessárias, e comprometendo quase que 100% dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios, com o custeio da máquina administrativa.
 
A gestão no Rio de Janeiro foi ao pote com muita cede. Quando o preço do barril de petróleo despencou de 121 dólares para 30 na Bolsa de Nova Iorque, o município teve que decretar calamidade financeira. Não tem recursos para custear a máquina administrativa.
 
O valor da Petrobras caiu absurdamente, porque o preço do barril de petróleo extraído no pré-sal chega a refinaria por 48 dólares e a bolsa de NY paga menos de 42.
 
A queda das ações da Petrobras no mercado financeiro, associado à crise econômica que atingiu países europeus e também no oriente médio, derrubou a economia brasileira em 2015.
 
E a queda foi mais forte porque o Congresso Brasileiro estava boicotando as medidas propostas pela então presidenta Dilma Rousseff para o País enfrentar a crise internacional.
 
Na medida em que o País ia afundando, os repasses iam reduzindo, os municípios com atuação da Petrobras foram entrando em colapso, como foi o caso do Rio de Janeiro e Mossoró.
 
Nestas duas cidades, os gestores assumiram a administração com um custo muito alto e sem recursos. Mesmo reduzindo os gastos, como fez Francisco José Júnior em Mossoró, não superou o rombo. Não havia como superá-lo.
 
Precisamente o orçamento aprovado pelos vereadores em 2015 para 2016 era de R$ 600 milhões e o arrecadado pela Fazenda Municipal foram menos de R$ 430 milhões. Alguém iria ficar sem receber de qualquer maneira e infelizmente ficou.
 
O grupo ligado à ex-governadora, que havia saído do governo escrachado com uma rejeição de quase 90%, viu aí uma oportunidade de voltar a viver dos cofres públicos. Bastava usar suas rádios para destruir o prefeito Francisco José Júnior, atribuindo-lhe uma culpa indevida.
 
A esta altura, faltando apenas 12 dias para o fim da atual gestão, a questão não é mais a sobrevivência política de Silveira. Isto será verificado pelo leitor em 2018.
 
A questão é como Rosalba Ciarlini, que destruiu o Rio Grande do Norte em todos os sentidos de 2011 a 2014 e não preparou Mossoró para o futuro quando foi prefeita por 3 mandatos sobrando dinheiro, vai conseguir administrar o município de Mossoró sem recursos.
 
A própria Rosalba Ciarlini contribuiu ao longo de seus mandatos em Mossoró, sucedida por Fafá Rosado, para encarecer ao extremo a máquina administrativa e não dotou Mossoró de mecanismos de sobrevivência após os royalties acabarem.
 
Rosalba vai provar nos próximos 4 anos do próprio veneno. Isto se a Justiça Federal e Estadual não determinarem sua prisão em função de inúmeras ações por desvios de recursos do Estado, inclusive de serviços essenciais como a Saúde (é o caso do Hospital da Mulher).
 

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