30 ABR 2024 | ATUALIZADO 21:13
POLÍCIA
Da redação
07/01/2017 12:38
Atualizado
07/01/2017 12:54

"Estamos atentos e alertas", afirma secretário sobre possíveis rebeliões em presídios do RN

Walber Virgolino declarou também que não acredita que massacres, como os de Manaus (AM) e Boa Vista (RR), aconteçam no Estado. No país, cinco estados têm presídios em alerta, segundo inteligência do governo federal
Divulgação
Após os massacres nos presídios de Manaus (AM) e Boa Vista (RR), na última semana, evitar que a matança se espalhe pelo resto do país é a grande preocupação das autoridades no momento. O Rio Grande do Norte possui duas facções em atuação dentro dos presídios: o Sindicato do Crime (ou Sindicato do RN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.

O fato do preso Gelson de Lima Carnaúba, o Mano G, líder da Família do Norte - responsável pelo massacre no Amazonas, também liderar o Sindicato do RN, surpreendeu. 

Questionado pelo MOSSORÓ HOJE sobre a possibilidade de rebeliões nos presídios potiguares, o secretário estadual de Justiça e Cidadania, Walber Virgolino, afirma que não acredita que as rebeliões ocorridas no Norte do país venham a afetar o Rio Grande do Norte, mas os agentes penitenciários estão em alerta. 

"Existem vários líderes das duas facções. Estamos mantendo a rotina e acreditamos que a briga das facções do Norte não afetam o RN. Estamos atentos, alertas e focados com nossa responsabilidade", declarou o secretário com exclusividade ao MOSSORÓ HOJE. 

"Não existe conexão, mas Sistema Prisional é sinônimo de tensão, trabalhamos sempre esperando o pior", conclui o secretário Virgolino. 

O Jornal O GLOBO divulgou reportagem neste sábado (7), informando que a inteligência do governo federal apontou que presídios do Ceará, Sergipe, Mato Grosso, Piauí e Rondônia vivem clima tenso. O Rio Grande do Norte estaria em alerta para possíveis rebeliões, segundo a reportagem. 

O motivo: a liderança exercida por Mano G, na Família do Norte e Sindicato do RN.

O Sindicato do RN teria surgido há dois anos para coibir o crescimento do PCC dentro dos presídios do Estado. Em agosto do ano passado, a facção comandou ataques em 38 cidades potiguares, incluindo, em Mossoró.

Ao longo de 2016, foram registrados cerca de 30 suicídios de detentos. No entanto, os crimes são consideradores por autoridades como assassinatos praticados por facções rivais. 

"Depois que o Sindicato do RN desestabilizou o sistema penitenciário começou a briga por espaço com o PCC. O governo decidiu separar os presos", relatou Vilma Batista, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do RN.

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