Antônia Ronnycleide da Costa Silva, 22 anos. Guardem esse nome. A potiguar, natural de Riacho de Santana, foi uma das 26 convocadas para a seleção brasileira de futebol feminino temporada 2017.
A jovem potiguar conversou com o MOSSORÓ HOJE e contou um pouco mais sobre sua história. No começo nada é tão fácil. Mas, as dificuldades eram superadas graças ao apoio da família e amigos.
Antônia morou no interior do Rio Grande do Norte até os 15 anos de idade, onde jogava em campeonatos colegiais.
Morando em Riacho de Santana, Antônia começou a se destacar entre as demais jogadoras e ganhou uma bolsa em uma escola particular em Natal e no clube potiguar ABC. Foi quando a família se mudou para a capital para buscar o sonho de Antônia.
"Tudo começou com o incentivo meu pai, logo depois vieram os jogos da escola, participações em campeonatos estaduais , foi onde criei amor pelo esporte e comecei a me destacar e crescer na modalidade", relatou Antônia, que é lateral.
Em Natal, jogou em Colégio Piaget e pelo cube ABC, seu primeiro clube profissional. Mesmo com o sucesso na capital potiguar, Antônia queria mais.
A mãe mudou para São Paulo e foi aí que Antônia decidiu arriscar a carreira profissional numa das maiores capitais do país. "Arrisquei para crescer no esporte", diz.
Em 2010, já em São Paulo, Antônia jogava no time de uma escola e foi convidada para fazer um teste na Portuguesa. Não deu outra. O teste foi um sucesso e a lateral foi contratada pelo time paulista. Em seguida, vieram São Bernardo e São José dos Campos, onde a potiguar jogou por 4 anos. Também teve uma passagem rápida por Valinhos.
"Foi quando recebi a convocação para seleção e resolvi seguir carreira no futebol de campo, mas ainda estou sem clube", destacou.
Antônia conta que recebeu a notícia através de amigos, que viram seu nome na lista da convocação na internet.
"Não esperava isso de forma alguma, era uma coisa que só passava em sonho mesmo", revelou a jovem surpresa com a convocação.
Para Antônia jogar pela seleção brasileira é um grande sonho que está se realizando. "É o sonho de qualquer garota que joga futebol. Agora é lutar para continuar realizando esse sonho e vestir mais vezes a camisa da seleção", destacou a lateral.
Apaixonada pela profissão, Antônia disse que sempre recebeu incentivo da família e amigos para se manter como jogadora de futebol. O principal apoio veio dos pais. "Minha mãe sempre me deu apoio total, sempre esteve ao meu lado em todas as decisões. O incentivo do meu pai foi maior porque ele jogava bola", frisou a jovem.
No início, a jovem chegou a sofrer preconceito, simplesmente por jogar bola. Segundo ela, toda menina que joga futebol sofre com esse tipo de coisa, mas não é algo que ela se deixou abater.
"Isso toda menina q joga bola sofre, porque os homens não admitem q nós podemos ser melhores q eles até nisso. Então a única forma q eles acham pra se 'defender' é falando q isso não é lugar de mulher. Mas lugar de mulher é onde ela quiser", revelou.
Hoje o pai mora em Natal, onde ela visita todo final de ano. Em Riacho de Santana, tem um irmão, com quem sempre mantém contato, apesar de não visitar a cidade há um tempo.
Antônia revela que está bastante ansiosa para começar os treinamentos na seleção. "A expectativa é que seja uma excelente semana de trabalho", diz.
Os treinamentos serão de 6 a 11 de fevereiro, na Granja Comary, em Teresópolis, Rio de Janeiro.