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ESTADO
Da redação
03/03/2017 13:00
Atualizado
14/12/2018 08:25

Governo do RN propõe aumento na contribuição previdenciária dos servidores

Projeto de Lei foi entregue pelo governador em exercício Fábio Dantas à Assembleia Legislativa. Estado também pretende limitar gastos públicos por 20 anos.
Demis Roussos
O Governo do Rio Grande do Norte quer ampliar, de 11% para 14%, o percentual de contribuição dos servidores ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Norte (IPERN). O Projeto de Lei que altera a Previdência Estadual já foi entregue à Assembleia Legislativa e integra um pacote de medidas que visam, segundo o Poder Executivo, equilíbrio financeiro do RN.

Além de aumentar a contribuição dos servidores ao IPERN, o Governo também pretende aprovar Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de Limitação de Gastos, que institui o Regime Fiscal Especial para os próximos 20 anos e limita o endividamento público dos três poderes e dos órgãos da administração direta e indireta, PEC semelhante a que já está em vigor no Governo Federal.

Os projetos foram entregues nesta sexta-feira, 3, pelo governador em exercício, Fábio Dantas, ao presidente em exercício da Assembleia, deputado Gustavo Carvalho. Segundo o Governo, a PEC de Limitação de Gastos é uma exigência do Governo Federal para que os Estados promovam a contenção de despesas, inclusive como forma de vir a receber repasses para novos investimentos.
 
Pela proposta os gastos da administração pública devem ser limitados às despesas empenhadas no exercício anterior, atualizadas pela variação acumulada do IPCA-IBGE entre 1º de maio do ano anterior até 30 de abril do ano da elaboração dos projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual.

A Proposta de Emenda Constitucional, segundo o Governo, não afetará as obrigações do Estado com as despesas nas áreas da saúde, educação e segurança pública. A limitação também não atinge os valores repassados pelo Estado aos Municípios referentes à arrecadação de royalties do petróleo, IPVA, ICMS e as transferências de IPI feitas pela União aos Estados e compartilhada com os municípios.

 “Estas duas propostas são fundamentais para o Rio Grande do Norte buscar o equilíbrio de suas finanças e criar condições para novos investimentos. Temos previsão de um grande déficit financeiro para 2017, da ordem de R$ 1,2 bilhão, e se faz urgente tomarmos medidas para reverter esta situação”, explicou o governador em exercício aos deputados, na sede da Assembleia Legislativa.

 Outros projetos de Lei também foram apresentados dentro dos esforços para recuperar as finanças estaduais, como a autorização para venda de bens imóveis, criação da Câmara de Conciliação de Precatórios da Procuradoria Geral do Estado, utilização pelo Estado de parcela dos depósitos judiciais e administrativos para pagamentos de precatórios, criação do fundo de reserva de depósitos judiciais, criação do Programa Estadual de Educação e Cidadania Fiscal.
 
Além destes, Fábio Dantas apresentou projeto de Lei para reduzir a burocracia e dar agilidade à administração com autorização para que as Secretarias de Estado possam licitar diretamente contratações no valor de até R$ 500 mil. Hoje tudo fica centralizado na Secretaria de Infraestrutura, o que retarda e dificulta o andamento das ações de Governo. 

Ainda foram apresentados projetos que fixam a remuneração de cargos de provimento em comissão da Administração direta, autárquica e fundacional do Estado, institui critérios para o pagamento de jetons e vantagem pessoal nominalmente identificada (VPNI).

Entre as propostas ainda se inclui o projeto de Lei que desobriga os municípios da apresentação de certidões para o recebimento de transferência de recursos das emendas parlamentares.

Com informações da Assecom/RN
 
 
 

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