06 MAI 2024 | ATUALIZADO 17:19
SAÚDE
Da redação
16/06/2015 09:58
Atualizado
12/12/2018 19:15

Intervenção melhora e amplia serviços no Hospital Maternidade Almeida Castro

Unidade de saúde Materno Infantil e hospitalar ganhou 28 leitos, chegando assim a 136 instalados desde a intervenção em outubro de 2014
Cezar Alves

A Junta Interventora Federal na Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM) deu mais um passo na estruturação e ampliação dos servidos materno infantil no Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), em Mossoró.

Desta vez, foram estruturados e ampliados o setor de Gestação de Alto Risco (GAR) e a Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINca). O trabalho é realizado com apoio da Prefeitura Municipal de Mossoró através da Secretaria Municipal de Saúde.

Com os dez leitos de GAR e 18 de UCINca, o HMAC passa a operar com 136 leitos nas áreas materno infantil e também hospitalar.  O trabalho da Junta Interventora agora é para abrir as Unidades de Terapia Intensiva Adulto e Pediátrica, além de estruturar o banco de leite.

Os serviços de GAR e UCINca funcionavam em ambientes pequenos e alcance reduzido. O programa Mãe Canguru funcionava numa sala com seis leitos.

Agora são três salas climatizadas com 6 leitos cada, atendendo todas as exigências do Ministério da Saúde. A unidade agora conta com espaço adequado e equipe médico, enfermeiro e técnicos de enfermagem 24 horas. Também tem uma área de lazer ao lado da unidade. O trabalho será complementado com o banco do leite que será instalado ao lado.

Todo o processo de reestruturação dos serviços de saúde materno infantil e hospitalar no Hospital Maternidade Almeida Castro está sendo acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Mossoró.

O presidente da CDH, Diego Tobias, aproveitou a ocasião do início das atividades do GAR e da UCINca, para parabenizar o trabalho da Junta Interventora e ao prefeito Francisco José Junior por ter atendido aos pleitos da CDH ainda da época que o hospital havia fechado.

Em vídeo, Diego Tobias conversa com o prefeito Francisco José Junior.

INTERVENÇÃO

A intervenção na APAMIM, que administra o HMAC, foi decretada pela Justiça Federal em outubro de 2014 a pedido do Ministério Público Federal, Estadual e do Trabalho.

Os promotores, federais, estaduais e do trabalho, agiram após a então Casa de Saúde Almeida Castro fechar as portas e os servidores ficarem por mais de 3 meses sem receber salários.

Durante as investigações, os promotores de justiça encontraram todo tido de irregularidade, que vai de dívidas milionárias ao reuso de seringas descartáveis na então CSDR.

Com a intervenção, a CSDR voltou a se chamar Hospital Maternidade Almeida Castro, explica Larizza Queiroz, coordenadora da equipe de intervenção na APAMIM para reestruturar e ampliar os serviços de saúde materno infantil e hospitalar.

Inicialmente aproveitando os equipamentos que haviam na casa, foram abertos emergencialmente 30 leitos de obstetrícia. “Estava tudo destroçado, equipamentos sem condições de uso e estrutura física danificada”, destaca Larizza Queiroz.

Estes 30 leitos eram de obstetrícia (para partos) em seguida foram ampliados para 60, conforme a estrutura iria sendo reformada e equipamentos recuperados.

A trabalho de reestruturação do HMAC, segundo o membro da intervenção Benedito Viana, consiste no que rege o Método Canguru e as exigências do Ministério da Saúde.

“O método Canguru, implantado inicialmente no Pernambuco, oferece atenção especial a mãe do início da gravidez (quando de risco) até o bebê ganhar o peso ideal para seguir sua vida normal. A mãe recebe conhecimento de como cuidar do beber”, destaca Benedito.

Primeiro garantimos a estruturação do Centro Obstétrico. Depois os setores complementares, essenciais, como UTI neonatal e Unidade de Cuidados Intermediários Convencional.

Quando abriu a UTI neonatal e a UCINco, o Hospital Maternidade Almeida Castro já estava com quase 100 leitos. “O trabalho de estruturação continua”, diz Benedito Viana.

A coordenadora da intervenção Larizza Queiroz, e o contador Erisberto Conrado, destacaram que as finanças também foram organizadas e os salários dos servidores colocados em dia.

F aberto um Centro Cirúrgico com 4 salas, sendo que uma específico para cirurgias ortopédicas e os demais para cirurgias gerais. Este setor já fez mais de 150 cirurgias.

O próximo passo da Junta Interventora é trabalhar a reabertura da Unidade de Terapia Intensiva Adulto com 10 ou 20 leitos, e a UTI pediátrica com 10 leitos.

No método Canguru, Larizza Queiroz destacou que já deve estar iniciando esta semana a reforma do ambiente onde vai funcionar em condições adequada o banco do leite.

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