Professores, estudantes, sindicalistas e representantes de movimentos sociais e sociedades em geral, movimentaram as ruas de Mossoró nesta sexta-feira (28), a exemplo do que aconteceu nas principais cidades do país. A parada de 24h é um protesto contra as reformas trabalhista e da previdência, prioridades do presidente da República Michel Temer.
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Em Mossoró, logo pela manhã, os petroleiros fecharam a BR-304 e realizaram uma marcha pelas ruas, assim como aconteceu durante a tarde - com concentração na Praça Bento Praxedes (Praça do Pax), no Centro.
Bandeiras de sindicatos e faixas com "Fora Temer" ilustraram a caminhada em Mossoró.
O MOSSORÓ HOJE conversou com o Secretário-Geral do Sindicato dos Petroleiros de Mossoró (Sindipetro), Pedro Lúcio Góis, que avaliou a mobilização como bastante positiva.
"Eles não são imunes a voz da ruas e a de hoje eles vão ter que escutar. Hoje é o primeiro passo para o fim do golpe que se instalou no país e para a retomada da democracia", ressaltou Pedro.
Segundo Góis, a mobilização realizada durante a manhã reuniu cerca de 4 mil trabalhadores. A expectativa é que a da tarde tenha superado este quantitativo.
"É uma mobilização também para mostrar que estamos contra o golpe", destacou o secretário-geral do Sindipetro.
Pedro Góis afirmou ainda que a mobilização que as reformas trabalhista e da previdência retiram direitos conquistrados há anos pelos trabalhadores.
"Os trabalhadores se mobilizaram nas ruas para dizer que não vão aceitar o fim da aposentadoria e o fim das qualidades e condições de trabalho que nós conquistamos tão duramente nos últimos anos", concluiu.
Durante o protesto, vários representantes de sindicatos dos professores e do INSS, entre outros órgãos, e até estudantes discusaram e chamaram a atenção para o prejuízo das reformas propostas pelo governo Temer.
Também durante a mobilização, os nomes dos deputados federais Beto Rosado, Fábio Faria, Felipe Maia e Rogério Marinho - que inclusive é relator do projeto da reforma trabalhista, foram citados como "golpistas" e "traidores", assim como o presidente Michel Temer. O grito de "Fora Temer" ecoava ao longo da mobilização.
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