16 MAI 2024 | ATUALIZADO 12:22
SAÚDE
Da redação
17/06/2015 14:42
Atualizado
12/12/2018 19:16

Governo recebe proposta de criação de novo porto em Potengi

Centro de Estratégias apresentou proposta de solução portuária ao Governo do Estado nesta segunda-feira (15), durante reunião sobre o Plano de Concessões federal
CERNE-RN

O Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE) propôs ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, a implantação de porto intermodal, como uma solução para portuária no Estado. A proposta prevê a construção de um porto intermodal  na área já degradada da margem esquerda do Rio Potengi, hoje ocupada por antias salinas e viveiros de camarão desativados.

A discussão faz parte da segunda edição do Plano de Investimento em Logística (PIL 2), do Governo Federal, que aconteceu na última segunda-feira (15) e contou com a presença de diversos representantes de entidades públicas e privadas. Durante o evento, foram feitas sugestões e propostas para a inserção de empreendimentos de logística e infraestrutura no RN.

De acordo com o diretor-presidente do CERNE, Jean-Paul Prates, entregou aos representantes do Governo do Estado a “Proposta Conceitual de Logística Portuária para o RN – Terminal Portuário do Potengi”, que apresenta um conceito de porto intermodal, a ser construído na área já degradada da margem esquerda do Rio Potengi, hoje ocupada por antigas salinas e viveiros de camarão desativados.

“Há necessidade urgente de se conceber um novo terminal portuário de grande escala para atender ao crescimento econômico projetado, e já reprimido, da economia potiguar. Mas o nosso atual porto encontra-se confinado por terra, como resultado da expansão urbana de Natal. A alternativa de um novo terminal no Litoral Norte não está descartada, mas verificamos tratar-se de opção extremamente cara e provavelmente não financiável.
 
Esta alternativa da margem esquerda do Rio Potengi também representa desafios, mas muito mais suaves, e propicias inúmeras outras vantagens para a cidade e para o Estado”,  justifica o diretor do CERNE, Jean-Paul Prates.
 
O novo Porto de Natal não parte da premissa de desativação do atual porto, que deverá ser reconfigurado para usos específicos e especializado em passageiros e cargas de alto valor agregado. Na nova área de expansão (8,7 km2), bem mais ampla e mais acessível por terra e por água, seria instalado um complexo portuário de importância continental - inédito na região Nordeste por se localizar em ambiente operacional de águas protegidas, ainda assim, capaz de comportar os grandes cargueiros atuais, tanto graneleiros quanto de containers.

O novo complexo seria composto de um cais de 2.500 metros com 600 metros de largura, um canal de acesso de 250 metros de largura e iniciais 15-17 metros de calado com uma baía de manobra/evolução de 600 metros de diâmetro. Além disso, comportaria integração ferroviária e rodoviária com o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante e com as Zonas de Processamento para Exportação (ZPEs) e distritos industriais da Grande Natal.
 
O dimensionamento, cuja execução poderá ser realizada em módulos progressivos, isto é, ampliações graduais, permitirá escoar granéis sólidos (minerais) e líquidos (combustíveis e outros derivados) em até 22.000 toneladas/ano, além de grãos em quantidade de aproximadamente 800.000 toneladas/ano e atendimento à futura atividade de cabotagem regional, que o Governo Federal pretende incentivar.
 
Além de não provocar nova e grave antropização na região do Litoral Norte, onde as áreas ambientalmente não-sensíveis seriam escassas e haveria o custoso e inevitável uso de barcaças e múltiplos transbordos para atingir o calado pretendido (15 metros, a 18 km mar adentro), o novo projeto promove o aproveitamento e aprimoramento do atual Porto de Natal, integrado ao sistema logístico do RN, como porto especializado em cargas nobres (perecíveis, refrigeradas, frágeis ou tecnológicas) e containers em geral (unidades padronizadas para carga, além de passageiros (através do novo Terminal de Passageiros).
 
O projeto também incorpora a construção da Terceira Ponte sobre o Rio Potengi, cuja concepção arquitetônica e urbanística é sugerida na proposta. “O projeto não é só de um Porto, e sim uma revisão total da configuração urbana das margens do Rio Potengi naquele importante trecho que se estende da Ponte do Igapó até a Ponte Newton Navarro. Uma intervenção deste porte, força uma revitalização geral, com benefícios que vão além dos usuais que um projeto destes traria. Um exemplo é o efeito positivo que trará o novo porto do Rio de Janeiro, entre outros exemplos mundo afora” afirma Prates.

O projeto do CERNE foi elaborado com base em dados oficiais da CODERN e de mais de 15 fontes de dados econômicos e técnicos sobre a situação logística e produtiva do Estado.  Foi elaborado com a colaboração técnica do Studio Catucci e MCC Consulting (Itália), especialistas na concepção de soluções logísticas e urbanas com obras realizadas em mais de 20 países do mundo, e da Bioconsultants (Brasil) no que diz respeito aos aspectos operacionais e ambientais locais.  
 
O projeto do CERNE contempla a participação da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN) como potencial parceiro. “Entendemos que a participação da CODERN, mesmo com limitações de caráter financeiro, aporta grande experiência operacional e peso institucional ao projeto, principalmente no caso de termos que atrair parceiros chineses, cingaleses ou coreanos, por exemplo”, explica Prates.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário