15 MAI 2024 | ATUALIZADO 14:32
MOSSORÓ
Da redação
29/05/2017 08:45
Atualizado
13/12/2018 20:38

“Não é coisa do outro mundo”, diz professor sobre trovões e relâmpagos

Meteorologista José Espínola explicou que descargas elétricas foram ocasionadas por conta do ar quente. Segundo ele, temporais podem ocorrer ainda nos próximos dias no RN.
Genario Freire
O professor José Espínola, da Universidade Federal Rural do Semi Árido (UFERSA), disse que o temporal de cerca de 30 minutos com muitos trovões, relâmpagos e chuvas irregulares, no final da tarde deste domingo, 28, “não é coisa do outro mundo”. 

Espínola explica a origem dos trovões e relâmpagos. Segundo ele, a chuva se formou muito rápido, no horário das 15 às 17 horas. O tempo quente gerou as descargas elétricas. “Quando se formam rapidamente as massas de ar quente na atmosfera, geram estes fenômenos", explicou.

Ainda conforme o professor, o período de inverno em 2017 ainda não terminou, apesar de abril quase não ter registrado chuvas, prejudicando a produção de sequeiro, especialmente milho e feijão em algumas regiões e outras não. O inverno está sendo irregular por região.

Sobre os temporais que estão caindo na região de Alagoas, Sergipe, Pernambuco, também em parte da Paraíba, sobrando no Rio Grande do Norte, José Espínola destaca que vai continuar por mais três ou quatro dias e depois o tempo volta ao normal.

Durante este tempo normal, que o especialista se refere, podem ocorrer pancadas de chuvas isoladas, mas nada que possa contribuir com mudanças nos plantios ou com capacidade de aumentar o volume dos reservatórios hídricos.

Sobre a irregularidade das chuvas no Estado, Espínola disse que na região de Mato Grande e Central do RN, o máximo que choveu foi 300 milímetros. Já região de Médio Oeste, entre as cidades de Campo Grande, Paraú, Triunfo Potiguar, choveu quase 900 mm.

Na cidade de Caraúbas e Itaú, choveu em média de 500 mm. Em Mato Grande e na região Central, a safra certamente não vingou. Já na região de Campo Grande deu até para colher milho. Em Caraúbas e Itaú, quem plantou feijão está colhendo.

Os reservatórios

O que preocupa mesmo é a situação dos reservatórios da água doce do Rio Grande do Norte, especialmente na região Oeste, Central e Seridó. As chuvas não foram suficientes para aumentar nem em 5% as reservas hídricas nestas regiões para o abastecimento humano.

A Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, que tem capacidade para armazenar até 2,4 bilhões de metros cúbicos de água, e é responsável pelo abastecimento de meio milhão de habitantes e irrigação de 30 mil hectares, está com menos de 20% de sua capacidade.

Há situações de vários açudes secos, como é o caso de Pau dos Ferros, Lucrécia, Itans, Gargalheiras, Tourão, Dourados, entre outros. Os reservatórios de médio porte, como Santa Cruz, em Apodi, e Umari, em Upanema, estão com menos de 20%. A situação é crítica.

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