Conheça em detalhes como os presos ficam na Penitenciária Federal de Mossoró

A cada novo “hóspede” conhecido, a Penitenciária Federal de Mossoró volta a ser o foco das atenções. Foi assim com a chegada do traficante Fernandinho Beira-Mar, transferido semana passada para o presídio de segurança máxima administrado pelo Governo Federal, o único do tipo no Nordeste e um dos quatro existentes atualmente em todo o Brasil.

A rigidez do Sistema Penitenciário Federal é tão grande, que pouco se sabe sobre o funcionamento dos presídios controlados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O de Mossoró, por exemplo, foi inaugurado em junho de 2009 e até hoje uma parcela mínima de informações sobre a sua rotina chegou ao conhecimento da imprensa.

No início desse ano, no entanto, uma equipe de reportagem do programa Câmera Record entrou na penitenciária e revelou detalhes do seu funcionamento. A reportagem, na íntegra, pode ser assistida AQUI.

A matéria apresenta o presídio como um dos mais temidos pelos criminosos, uma vez que nunca registrou fugas e nem mesmo a entrada de celulares. No total, a estrutura é composta por 208 celas individuais, sendo que, por questões de segurança, a capacidade máxima nunca é preenchida.

Os presos ficam divididos em quatro alas, separados por facções. Por toda a extensão do presídio há postes com cabos de aço, fixados com o objetivo de evitar a tentativa de resgate aéreo, impossibilitando, por exemplo, que helicópteros posem no local. A reportagem da Record destaca que até chegar às alas onde ficam os detentos, os agentes precisam passar por 17 portas e portões.



As celas possuem seis metros quadrados e são feitas de concreto. O colchão disponível para cada preso é anti-inflamável. Por dia, os detentos têm direito a duas horas de banho de sol, sendo 13 internos por vez. Inicialmente, eles dão uma volta no pátio, algemados, e são liberados para interação 10 minutos após. A conversa só pode ocorrer entre no máximo três presos ao mesmo tempo.

Os internos recebem visitas dos familiares, monitoradas o tempo todo pelos agentes, uma vez por semana, por três horas. As visitas íntimas acontecem duas vezes por mês, em quatro celas disponíveis para esse fim.

RDD

No presídio, há uma área de isolamento composta por 12 celas, onde os internos ficam assim que chegam ao local e também quando são submetidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), quando os presos ficam sem vítima íntima e qualquer contato físico com familiares, com direito apenas a comunicação por meio de uma estrutura chamada “parlatório”, blindada e monitorada por áudio e vídeo.

Com informações do Câmera Record