03 MAI 2024 | ATUALIZADO 14:36
POLÍCIA
Da redação
31/05/2017 08:48
Atualizado
14/12/2018 08:57

“Sociedade tolera vingança”, diz promotor criminal de Mossoró após réu ser absolvido

Diego Bruno foi absolvido do assassinato de Denilson Alexandre, que teria matado o irmão dele e sido absolvido pela Justiça em 1999.
Franscileno Gois
O operador de empilhadeira Diego Bruno Filgueira, de 28 anos, foi absolvido do assassinato de Denilson Alexandre Almeida Sousa, ocorrido num campo de futebol às 14h30 do dia 19 de dezembro de 2010 no Assentamento Independência, zona rural de Mossoró-RN.
 
“A sociedade tolera vingança”, explica o promotor criminal de Mossoró, Italo Moreira Martins, que atuou na acusação do réu no Tribunal do Júri Popular realizado na manhã desta quarta-feira, 31, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins.
 
Os trabalhos do júri foram presididos pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Foram abertos às 8 horas, como sorteio do Conselho de Sentença, formado por 4 mulheres e 3 homens. Os debates foram em torno do crime de vingança.
 
O promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins mostrou, aos jurados, que Diego Bruno matou Denilson Alexandre, porque este teria participado (foi julgado e absolvido) do assassinato de seu irmão Francisco José Diogo Filgueira, no dia 14 de setembro de 1999.
 
“A vítima foi julgada duas vezes, uma pelo judiciário, que não encontrou prova alguma para condenar, nem o MP, outra pelo réu, que agindo como justiceiro, resolveu fazer justiça com as próprias mãos, segundo seus critérios, e condenou à vítima à morte, e, claro, sem possibilidade de recurso”, destaca o promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins.
 
Ainda no júri desta quarta-feira, 31, o promotor Ítalo Moreira Martins pediu a condenação do réu por homicídio privilegiado, pois não havia provas no processo que comprovasse que o crime tivesse ocorrido por vingança e menos ainda sem chances de defesa da vítima.
 
Já o advogado de defesa, João Saldanha, segurou a tese de legítima defesa. Explicou que seu cliente matou movido por uma forte emoção, muito embora Diego Bruno tenha tido o irmão assassinado em 1999 e vingou a morte dele 11 anos depois.
 
Outro detalhe que chamou a atenção, é que o operador de empilhadeira Diego Bruno não compareceu ao julgamento. “É um direito que o assiste”, explica o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, que após os debates, leu a sentença de absolvição.
 

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