29 ABR 2024 | ATUALIZADO 12:17
POLÍCIA
Da redação
05/06/2017 13:34
Atualizado
14/12/2018 09:10

Mortes por arma de fogo crescem 361% no RN em 10 anos

Estado também registrou o maior crescimento da taxa de homicídios do país entre 2005 e 2015, aponta o Atlas da Violência 2017.
Arquivo/MH
O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgaram nesta segunda, 5, o Atlas da Violência 2017, levantamento que coloca o Rio Grande do Norte como o Estado que registrou o maior crescimento da taxa de homicídios do país entre 2005 e 2015. Somente em relação a mortes por arma de fogo, o aumento foi de 361,9%, também o maior do Brasil.

Os números mostram que em 2005 a taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes no Rio Grande do Norte era de 13,5, saltando para 44,9 em 2015, um crescimento de 232%. Sobre o número de mortes por armas de fogo, o Estado contabilizou 268 casos em 2005 e 1238 em 2015, representando 80,2% do total e um salto de 361,9% em 10 anos.Para o Ipea, o quadro “é extremamente preocupante e deveria despertar todas as atenções do poder público e da sociedade em geral”.

No Brasil, em números absolutos, as armas de fogo foram usadas em 41.817 casos de homicídio no país em 2015, representando 71,9% do total. O número de casos é 25,1% maior que em 2005.
 
Posição

O Governo do Estado se pronunciou sobre os números revelados pelo Atlas da Violência. Confira:

"A Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social do Rio Grande do Norte (Sesed) esclarece em relação ao Atlas da Violência 2017, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os seguintes pontos:

A metodologia utilizada para contabilizar os homicídios no Rio Grande do Norte inclui todas as macrocausas (ações do tráfico; violência interpessoal; violência patrimonial; ação típica de estado; não confirmadas).

Outros estados do país não estão contabilizando alguns homicídios, principalmente quando são ações típicas de estado (confronto entre criminosos e policiais);

Essas mortes não contabilizadas, independente da macrocausa, entram nas estatísticas de alguns estados como "morte à esclarecer";

A base de dados do Datasus (utilizada pelo IPEA para contabilizar as estatísticas do Mapa) que em São Paulo, por exemplo, esse índice de morte chega a 43,2%;

A Sesed acredita que seja necessária a padronização desses dados para uma aferição mais honesta dos índices; O Mapa da Violência leva em consideração as informações entre os anos de 2005 a 2015. O Governo do Estado, por meio da Sesed, reafirma seu compromisso com a transparência nos dados, que são de domínio público no endereço eletrônico www.defesasocial.rn.gov.br".
 

 

Notas

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