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MOSSORÓ
Da redação
01/09/2017 12:34
Atualizado
14/12/2018 03:31

Edvaldo Fagundes pagou R$ 515 mil a desembargador federal para ser solto na Operação Salt

Grupo de Edvaldo é investigado por sonegação de impostos que resultou no prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres públicos, segundo o MPF. O desembargador Barros Dias, preso em Natal, é investigado por compra e venda de sentenças.
Cedida
Documentos do Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte mostram que o empresário mossoroense Edvaldo Fagundes pagou R$ 515.735 ao desembargador Francisco Barros Dias, preso essa semana, logo após receber liminar de soltura na Operação Salt, que investigou sonegação de impostos, confome reportagem do RN TV 2ª edição.

O pagamento foi comprovado após quebra do sigilo fiscal.



Segundo o MPF, Barros Filho atuou na Operação Salt, primeiro como Corregedor-Geral do Tribunal Regional Federal, ao conceder vistas de interceptação telefônica em andamento; em um segundo momento como desembargador federal, para influenciar a favor do habeas corpus para liberar presos nessa operação.

Por último, Barros Filho atuou como advogado oculto, prestando serviços irregulares sem respeitar a quarentena e recebendo muito dinheiro para isso.

Edvaldo Fagundes, principal investigado da operação Salt, de fato, foi liberado, e na sequência, contratou Barros Dias. 

A quebra do sigilo fiscal revelou que o grupo empresarial de Edvaldo transferiu para o grupo de empresas de Barros Dias R$ 515.735 e quando o MPF pediu explicações ao grupo de Edvaldo, a empresa emitiu nota fiscais falsas. 

Operação Alcmeón
O desembargador Barros Dias foi preso na quarta-feira (30), em Natal, durante a Operação Alcmeón, que apura a compra e venda de sentenças judiciais do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em dois escritórios de advocacia de Mossoró. Em Recife, um servidor público foi preso. 

Operação Salt
A operação Salt foi deflagrada em dezembro de 2013, contra o grupo empresarial Grupo Líder, de Edvaldo Fagundes. 

O grupo é acusado de integrar uma organização criminosa que, desde 1990, especializou-se em praticar os crimes de sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

O prejuízo para os cofres públicos chegou a R$ 500 milhões, segundo o MP Federal.

Em março de 2015, uma nova fase da operação foi deflagrada. 

Em abril do mesmo ano, a Polícia Federal e MPF deflagraram um nova etapa da operação, sendo cumpridos mandados de prisão em Mossoró. Entre os alvos estava Edvaldo e familiares.

Na época, Edvaldo e familiares não foram localizados; aparecendo somente com liminar (habeas corpus) - o que causou bastante estranheza.

Notas

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