O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) afirmou que a medida adotada pelo Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Norte em relação ao Grupo Guararapes (Riachuelo) é uma atentado contra a geração de emprego no Estado. Marinho foi o relator da Reforma Trabalhista na Câmara.
Segundo Marinho: "A Ação do MPT contra o Pró-Sertão pode acabar gerando o fim de quase 4 mil empregos diretos no Estado. Órgão quer multar a Guararapes em R$ 38 milhões por contratar as pequenas empresas do interior do Estado".
O Governo do Estado reforçou o apoio às facções têxteis do Seridó.
O MPT entendeu ser a Fábrica Guararapes, e não as facções, a responsável pela contrataçaõ dos profissionais de costura terceirizados.
Com a decisão, pelo menos 62 unidades têxteis do Seridó distribuídas pelas cidades de Parelhas, Cerro Corá, São José do Seridó, São Vicente, Acari e Jardim do Seridó, e cerca de 2.600 trabalhadores, devem ser prejudicados.
Ratificando seu posicionamento na última reunião com os faccionistas, que aconteceu na Governadoria na quinta-feira (14), o governador Robinson Faria disse que o caminho é o diálogo.
“Essa decisão pode gerar um enorme problema social, causando o desemprego de milhares de pessoas no interior do estado. Empregos esses que são os que sustentam uma casa”, disse o governador, completando que a ação é inadmissível, uma vez que o setor movimentou no ano passado, em plena crise, quase R$ 100 milhões.
Esta realidade é vivida pela coordenadora de facção têxtil de São José do Seridó, Auxiliadora Feitosa, que diz não saber o que fazer caso essa ação seja ajuizada.
"Estamos indo dormir sem sabermos o dia de amanhã. Caso essa ação seja ajuizada, São José vai se acabar. Graças a Deus o governador tomou essa luta como dele e vai lutar junto com a gente", desabafou a faccionista.