Os quatro acusados de assassinar o agente penitenciário federal Lucas Barbosa Costa, de 22 anos, em dezembro de 2012, na zona rural de Mossoró, serão julgados quase 5 anos depois do crime.
O Juiz Federal Orlan Donato Rocha, titular da 8ª Vara, definiu o dia 14 de dezembro, às 8h, para o início do julgamento.
São réus nesse processo Expedito Luís de Carvalho (conhecido como “Luizinho”), Emerson Ricardo Cândido de Moraes (conhecido como “Magão”), Luciedson Soares de Silva (“Pirrola”), e Antonio Vieira Ribeiro Júnior (“Juninho Queimado”).
Esta semana ocorreu uma audiência de cooperação para definir o calendário processual, que já começou a vigorar.
Até o dia 27 de outubro será fixada, no mural eletrônico da Justiça Federal, a lista geral de jurados.
A audiência do sorteio dos jurados acontecerá no dia 21 de novembro, às 15h.
O crime
O corpo de Lucas Barbosa foi encontrado no dia 18 de dezembro de 2012, uma estrada carroçável paralela à BR 304, a aproximadamente 15 quilômetros da cidade. O veículo da vítima foi incendiado.
Lucas Barbosa foi morto com tiros na cabeça e na barriga. Ele teve as mãos amarradas e um dos olhos arracado pelos bandidos.
Foto: Marcelino Neto | O Câmera
Em janeiro de 2014, o quarteto foi denunciado pelo Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte.
Na época, o MPF pediu a condenação dos acusados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa.
A denúncia considera que o crime foi cometido por motivo fútil, de forma cruel e mediante meio que dificultou a defesa da vítima, logo após o terem identificado como agente do Presídio Federal de Mossoró.
As investigações apontaram que no dia do assassinato, por volta das 19h, o bando estava realizando assaltos a casas no bairro do Alto de São Manoel, quando abordaram e dominaram a vítima no momento em que Lucas Barbosa se aproximava de sua casa.
Ao identificar o agente penitenciário, os homens decidiram matá-lo.
Parte da quadrilha entrou no carro da vítima e seguiu em direção à estrada da Raiz, enquanto o restante acompanhava o trajeto em outro veículo. Ao chegar ao destino, eles vestiram o uniforme de agente penitenciário na vítima e amarraram Lucas Barbosa.
Os denunciados atiraram pelo menos 14 vezes com pelo menos três armas de calibres .38 e .40.
Ainda conforme, a Polícia Civil,os acusados já respondiam a outros processos por homicídios e assaltos a bancos.