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POLÍTICA
Da redação
21/10/2017 18:27
Atualizado
14/12/2018 10:09

Diretório do PT de Mossoró vê dificuldades de aliança com o PP e o PC do B

Neste sábado, os líderes do partido dos trabalhadores se reuniram em Mossoró e abriram um ciclo de debates sobre a atual conjuntura política nacional visando as eleições de 2018
O Diretório Municipal do PT/Mossoró se reuniu na manhã de hoje (21) para iniciar um ciclo de debate sobre as eleições 2018. Os principais líderes do partido no município, apresentaram suas compreensões sobre a conjuntura política nacionale local e como reagir.

A vereadora Isolda Dantas, presidenta da sigla, presidiu os trabalhos. Ela disse que este foi a primeira reunião para tratar das eleições 2018. Foi discutido nomes e partidos, possíveis alianças e formas de reação a golpe nos brasileiros do presidente Temer.

O primeiro a se pronunciar foi Chagas Silva. Ele fez uma exposição do atual quadro nacional. "O Governo Temer é ciente que não se recupera mais. E por esta razão não está mais trabalhando preocupado em popularidade. Visa somente beneficiar os empresários", diz.

Já Gilberto Diógenes disse que o impeachment de Dilma não foi em função de erros do governo. Não foi. Não teve erro. Foi para atender interesses financeiros, não só do Brasil, mas da América Latina. Sobre a crise, ele disse que o Governo Temer está tirando os direitos conquistados ao longo dos anos pelos trabalhadores para superar a crise.

Rômulo Arnoud disse: "O momento que vivemos talvez seja o pior que a classe trabalhadora enfrenta no Brasil. Não existe mais o que desgastar no governo". Ele não acredita que Lula vai conseguir sair candidato a presidente. "Não existe meio golpe", diz Arnoud.

Ainda conforme o petista, "a elite brasileira não quer conciliação com a classe trabalhadora. Quer submissão", diz. Isolda Dantas pede a palavra e diz que realmente a golpe no povo Brasileiro, no Governo do PT, atende interesses da elite da América Latina.

Sobre a conjuntura política estadual, o partido dos trabalhadores está preocupado com um aliado histórico: o PC do B. Segundos eles, o vice governador Fabio Dantas apresentou na Assebleia do RN um pacote de maldade, que se aprovado, vai ferrar como servidor público.

Observam também que líderes do PC do B em Mossoró defendem a privatização dos poços da Petrobras na região. Não estão com discurso aliado ao do partido dos trabalhadores.

Comemoram o crescimento de Fátima Bezerra, na corrida pelo Governo do Estado, porém, com cautela. Observam que se eleger e não ter condições de governar para melhorar a vida do povo é um risco que talvez a senadora Fátima Bezerra e o partido não precise se expor.

Em todas as falas se destacou a falta de intenção do partido se aliar em Mossoró ao PP, que tem em seus quadros Rosalba Ciarlini e Beto Rosado. "Rosalba destruiu o Rio Grande do Norte e está massacrando o povo de Mossoró. Não vou me aliar a ela", diz Isolda Dantas.

Sobre Beto Rosado, todos os discursos destacaram que o parlamentar votou 100% com a pauta atacando duramente os trabalhadores. Ele não nos representa. Representa a um governo golpista, que está acabando com os trabalhadores e entregando o País a capitão econômico internacional", acrescenta Isolda Dantas.

Isolda, em video, faz mais ponderações sobre o debate do partido 


Enfim, as eleições de 2018, conforme a previsão dos petistas históricos de Mossoró, tende a ser uma guerra entre direita x esquerda. O primeiro não tem voto da massa, mas tem os meios de comunicação para seduzi-la. O segundo tem votos, mas não tem os meios de comunicação.

"Após um longo debate com a participação de toda direção partidária, se definiu que próximo encontro ocorrerá em novembro e se repetirá no dia 16 de dezembro. Ao final desse processo, o PT de Mossoró deverá emitir uma resolução para ser encaminhada ao PT Estadual.

Além do debate sobre eleições, o Diretório decidiu, na manhã deste sábado, segundo Isolda Dantas, emitir uma nota de solidariedade à sindicalista Marleide Cunha, que está sendo processada (pessoa física) pela Prefeitura municipal de Mossoró.

O mais grave é que esta ação não é contra a presidenta, apesar da peça jurídica ser motivada por uma fala da presidente em defesa dos servidores. É contra a pessoa física. É para intimidar, é abusiva e não pode prosperar", assegura a vereadora Isolda Dantas.
 
 
NOTA DE SOLIDARIEDADE A MARLEIDE CUNHA

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Mossoró se solidariza e declara total apoio à presidenta do Sindicato dos Servidores Municipais de Mossoró - SINDSERPUM, Marleide Cunha, por enfrentar o autoritarismo da Prefeitura Municipal de Mossoró que ajuizou a sindicalista pelo simples fato de a mesma ter manifestado seu direto de protesto e fazer a denúncia de uma gestão que nega direitos aos trabalhadores municipais.

A ação judicial movida contra Marleide Cunha pela prefeitura, atinge diretamente o direito do contraditório, é um ataque ao direto de manifestar opinião de insatisfação com a gestão pública, mas é, principalmente, um ataque à democracia, uma afronta ao direito de pensar diferente.

O Partido dos Trabalhadores de Mossoró repudia o ato da Prefeitura em ajuizar ação à sindicalista e aponta que a ação evidencia a incapacidade do poder executivo em dialogar e ouvir os setores populares e sindical da nossa cidade.

Trabalhadores e trabalhadoras seguem na luta! Não nos calarão!

Marleide estava falando como sindicalista, defendendo a categoria, defendendo os servidores (as).

Trata-se de um processo autoritário, porque atinge não só Marleide, mais também todos e todas (trabalhadores) coagindo a categoria.

Notas

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