07 MAI 2024 | ATUALIZADO 10:42
MOSSORÓ
Da redação
18/01/2018 06:27
Atualizado
13/12/2018 07:52

Meteorologistas apontam previsão de chuvas dentro ou acima da média para Mossoró e Região Oeste

Essa conclusão é do II Fórum Climático do Oeste Potiguar, realizado nesta quarta-feira, 17, na Estação das Artes Elizeu Ventania, pela Prefeitura de Mossoró.
Valéria Lima | Mossoró Hoje
As previsões meteorológicas para Mossoró e Região Oeste são positivas. O quadro atual aponta para chuvas dentro ou acima da média histórica.

Essa conclusão é do II Fórum Climático do Oeste Potiguar, realizado nesta quarta-feira, 17, na Estação das Artes Elizeu Ventania, pela Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Executiva de Agricultura e Recursos Hídricos.

O evento reuniu especialistas em meteorologia para que a Prefeitura de Mossoró e demais prefeituras da Região Oeste possam traçar planejamento de políticas públicas que dependem da configuração ou não de inverno.

O pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), Gilmar Bristot, confirmou que a previsão é que as chuvas fiquem ao menos em torno do normal, podendo ser superior, dependendo da atuação do Oceano Atlântico. No entanto, ele alerta que esse cenário ainda não é definitivo.

“A situação no início de 2018 já é bem melhor que no ano passado. Mas para termos chuvas acima do normal, precisamos de uma configuração de forte atuação do fenômeno Lá Ninã e da diferença de temperatura entre os Oceanos Atlântico Sul e Norte”, explicou, acrescentando que a torcida é para que o Oceano Atlântico Norte esfrie mais rápido.

Bristot elogiou a realização do Fórum diante da sua importância “para levar um pouco da pesquisa da Emparn para as pessoas interessadas”.

O professor José Espínola Sobrinho, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), minimizou o atual período de seca no Rio Grande do Norte. “Secas sempre existiram. Hoje é mais severa por conta do crescimento da população e pelo uso da água para produção agrícola”, argumentou.

Espínola explicou que existem três tipos de seca: meteorológica – traduzida em números; hidrológica – quando os reservatórios não são abastecidos; e a agrícola – que depende da boa distribuição das chuvas. “Não adianta chover muito em pouco tempo. Melhor é termos menos chuvas, mas bem distribuído ao longos dos meses”, observou o especialista.

O presidente do Instituto de gestão das Águas do RN (Igarn), Josivan Moreno, também participou do evento e apresentou um  diagnóstico dos reservatórios hídricos da Região Oeste.

De acordo com os dados apresentados, a situação é crítica. A Barragem de Santa Cruz, em Apodi, está com 14,31% da sua capacidade; a de Umari, em Upanema, 13,82%; e a de Pau dos Ferros está seca desde 2016.

Alguns reservatórios estão no volume morto. É o caso da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves. Maior reservatório do estado e responsável por abastecer boa parte de Mossoró, a barragem localizada em Itajá está com apenas 11,38% de sua capacidade de armazenamento.
 

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