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CONCURSOS
Da redação
28/02/2018 10:23
Atualizado
14/12/2018 03:14

MP-RN cobra explicações sobre pouca quantidade de vagas para mulheres no concurso da PM

Ministério Público instaurou inquérito para apurar a grande diferença de vagas; O edital ofertou 62 vagas mulheres e mais de 900 para homens. No total, foram ofertadas 1.000 vagas.
Governo do RN
O Ministério Público do Rio Grande do Norte instaurou um inquérito civil para apurar se o edital do concurso da Polícia Militar desrespeita as normas da Constituição Federal com relação a quantidade de vagas ofertadas para mulheres. 

O edital oferta 62 vagas para mulheres, diante de 1.000 vagas no total, ou seja, mais de 930 para homens.

Segundo o inquérito, publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 28, o edital do concurso ofende o que é previsto na Carta Magna, bem como à Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, ratificada pelo Brasil por intermédio de decretos.

Segundo o MP, a investigação é necessária para "apurar as razões do diminuto número de vagas às candidatas do sexo feminino, apenas 62 (sessenta e duas) de 1.000 (um mil)".

No documento, a promotora de justiça argumentou que a proteção do direito de igualdade entre homens e mulheres é conferida na Carta Magna Brasileira, com o objetivo de "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação".

Argumentou ainda as próprias Forças Armadas do Brasil admitem a inserção feminina necessária à direção, ao preparo e ao emprego da Força Terrestre junto ao Exército, não há justificativa para que a Polícia Militar – ou qualquer outro efetivo da Segurança Pública no Estado do Rio Grande do Norte – limite o ingresso de mulheres aos seus quadros.

"A força física não pode ser critério eficaz para medir a aptidão das pessoas para realizarem os trabalhos rotineiros de um policial militar, mas sim a correta utilização do uso da técnica, através do emprego de todos os recursos que a corporação lhe proporciona e isso “independe do gênero que habita o interior da farda”, ressaltou o MP.

O edital do concurso será republicado pelo Governo do Rio Grande do Norte, após a Justiça determinar mudanças nos critérios exigidos e fases do concurso.

Na semana passada, a secretária de Segurança do Estado, Sheila Freitas, disse ao MOSSORÓ HOJE, que o edital deve ser republicado nos próximos dias com as devidas alterações.

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