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Da redação / Com informações da Agência Brasil e G1
20/07/2015 05:35
Atualizado
13/12/2018 05:17

Estados Unidos e Cuba reabrem suas embaixadas

A reabertura das embaixadas é a primeira ação concreta de reaproximação desde que os dois países anunciaram em 17 de dezembro o descongelamento das relações.
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A Embaixada dos Estados Unidos em Cuba reabrirá amanhã (20), no edifício onde se encontra atualmente a Seção de Interesses Norte-americanos no país. O governo cubano também reabrirá sua embaixada em Washington, depois de décadas de conflitos. Ao contrário de Cuba, que promoverá uma cerimónia formal de abertura de sua embaixada, os Estados Unidos não farão nenhum ato oficial, o que ficará para a visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, a Havana – cuja data não foi ainda anunciada.

O prédio da Seção de Interesses dos EUA em Cuba foi construído em 1953, no período do governo do presidente Fulgencio Batista. A bandeira dos Estados Unidos foi retirada em 1961, quando o então presidente Dwight Eisenhower rompeu relações diplomáticas com Cuba, em resposta às expropriações do governo revolucionário de Fidel Castro.

A Seção de Interesses dos Estados Unidos em Cuba só foi aberta em setembro de 1977, sob o amparo da missão diplomática suíça e depois do presidente Jimmy Carter chegar à Casa Branca, tendo sido ele o único chefe de Estado norte-americano a visitar Cuba após a revolução que colocou no poder Fidel Castro.

Atualmente, a Seção de Interesses dos Estados Unidos em Cuba tem 360 funcionários, entre norte-americanos e cubanos, além de marines (tropas militares) para fazer a segurança.

Segundo dados do governo norte-americano, 37.149 cubanos receberam vistos para viagens temporárias aos Estados Unidos e 20.552 vistos de imigrantes, durante o ano de 2014.

De fato, a reabertura das embaixadas é a primeira ação concreta de reaproximação desde que os dois países anunciaram em 17 de dezembro o descongelamento das relações, que foi seguido de meses de negociações.

O presidente cubano, Raúl Castro, definiu esta semana como a conclusão da "primeira fase" do processo de "normalização", cujo principal objetivo é acabar com o embargo econômico contra Cuba, em vigor desde 1962.

Em 20 de julho "começará uma nova etapa, longa e complexa, no caminho para a normalização das relações, e que necessitará de vontade para encontrar soluções para os problemas que se acumularam ao longo de cinco décadas e que afetaram os laços entre nossos países e povos", acrescentou.

O apoio diplomático também irá gerar "confiança" entre os empresários americanos, que já não se sentirão "em território estrangeiro" ao tentar fazer negócios na ilha proibida, disse à AFP Pedro Freyre, assessor jurídico para as empresas americanas em Cuba.

A alteração do estatuto diplomático também deverá gerar um aumento de pessoal nas duas capitais para atender uma agenda bilateral mais complexa, bem como o aumento das viagens e do comércio, que já estão em andamento.

A companhia aérea americana JetBlue começará a voar entre Nova York e Havana, enquanto a Airbnb adicionou Cuba ao seu catálogo e os Estados Unidos começou a emitir licenças para empresas que operam serviços de ferry de passageiros para a ilha, a 150 quilômetros da costa dos Estados Unidos.

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